Amanhã é o primeiro dia do resto da minha vida.
Amanhã é o meu ultimo dia com 25 anos.
Amanhã é o fecho de um ciclo, e é mais um dia que e
agradeço estar aqui.
Um quarto de século. 25 anos, o que para mim representa
na prática 50 anos. Intensa, teimosa, obstinada.
Como diz um professor meu: um furacão.
Desde cedo que aprendi que a vida pode ser muito curta e
que não temos ABSOLUTAMENTE NADA garantido, nem totalmente controlado.
Há uns dias fiz reset das emoções tóxicas e pesadas.
Reuni-me com aqueles que tinha alguma mágoa ou algo a dizer e para nos
resolvermos. E assim foi. Preciso sempre de leveza emocional. Ainda que dispare
facilmente, ainda que seja muito exigente, também dou o braço a torcer, perdoo
e faço valer.
Os 25 anos foram até hoje, o melhor ano de sempre. Teve
de tudo. Mas tudo mesmo, mas acima de tudo o ano em que eu mais vivi e menos
dormi.
Trabalhei ate não aguentar mais, viajei bastante, tivemos
encontros intensos e perfeitos, visitas inesperadas e muita, muita
aprendizagem.
Chorei de exaustão, tive duas discussões fortes que ainda
hoje estão tatuadas na alma como quem aprende a viver com cicatrizes e a fazer
delas uma obra de arte.
9 meses a planear a vida ao segundo, agenda cheia até não
conseguir mais, e agora estes três últimos meses fisicamente mais estáveis e
com mais tempo de SER.
Foi preciso ajustar as velas, deixar de planear a longo
prazo, e passar a aceitar o presente, viver um dia de cada vez, baixar as
expectativas e assentar. Não foi por isso que fui poupada a quezílias ,
problemas ou intempéries, mas fui poupada a um desgaste físico que me permitiu
respirar. (não foi o caso desta ultima semana)
Amanhã é o primeiro dia do resto da minha vida. A vida
que escolhi. Imperfeita, mas bem feita. Tempestiva, cheia de desafios, quedas e
vitórias.
Hoje posso dizer que ao longo destes 25 anos saboreei o
mel e o veneno da vida. Conheci o melhor e o pior. Realizei a maior parte dos
meus sonhos. Amei muito os meus. Amo muito os meus. E eles sabem. Eu quero
mesmo que eles saibam.
Quero que saibam que viver é mágico, que ser feliz é uma
escolha, que não há problema em ter dias maus, mas sim carimbar com maldade
todos os dias.
Quero que saibam que a inveja cansa, que o sucesso dá
muito mais trabalho do que se imagina, que o trabalho onde passamos a maior
parte do tempo deve ser desafiante e apaixonante para que nos possa instigar a paixão
por fazer mais e melhor, evoluir e superarmo-nos.
Quero que saibam que mesmo vivendo numa época tão
centrada em nós mesmos, onde a pressão embate com tanta força que nós faz andar
aos tropeços e à deriva, por vezes, vale a pena não desistir.
Elevem as vossas vidas, responsabilizem-se por ela com
muito amor próprio. Somos a única pessoa que nos acompanha do inicio ao fim,
convém mesmo gostarmos de nós e perceber o que andamos aqui a fazer.
Sei que fiz deste ano, um ano do caraças e hoje em
retrospectiva posso bater o pé no chão e gritar bem alto: VIVI O MELHOR QUE
CONSEGUI.
CHEERS.
E sabem porquê? Porque tenho na minha vida as melhores
pessoas que o Universo conheceu: vocês.
Um beijinho e um milhão de obrigadas.
26 podes pôr-te a caminho.
Até sábado,
Nita
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