quinta-feira, 5 de maio de 2016

Amanhã


Amanhã é o primeiro dia do resto da minha vida.

Amanhã é o meu ultimo dia com 25 anos.

Amanhã é o fecho de um ciclo, e é mais um dia que e agradeço estar aqui.

Um quarto de século. 25 anos, o que para mim representa na prática 50 anos. Intensa, teimosa, obstinada.

Como diz um professor meu: um furacão.

Desde cedo que aprendi que a vida pode ser muito curta e que não temos ABSOLUTAMENTE NADA garantido, nem totalmente controlado.

Há uns dias fiz reset das emoções tóxicas e pesadas. Reuni-me com aqueles que tinha alguma mágoa ou algo a dizer e para nos resolvermos. E assim foi. Preciso sempre de leveza emocional. Ainda que dispare facilmente, ainda que seja muito exigente, também dou o braço a torcer, perdoo e faço valer.

Os 25 anos foram até hoje, o melhor ano de sempre. Teve de tudo. Mas tudo mesmo, mas acima de tudo o ano em que eu mais vivi e menos dormi.

Trabalhei ate não aguentar mais, viajei bastante, tivemos encontros intensos e perfeitos, visitas inesperadas e muita, muita aprendizagem.

Chorei de exaustão, tive duas discussões fortes que ainda hoje estão tatuadas na alma como quem aprende a viver com cicatrizes e a fazer delas uma obra de arte.

9 meses a planear a vida ao segundo, agenda cheia até não conseguir mais, e agora estes três últimos meses fisicamente mais estáveis e com mais tempo de SER.

Foi preciso ajustar as velas, deixar de planear a longo prazo, e passar a aceitar o presente, viver um dia de cada vez, baixar as expectativas e assentar. Não foi por isso que fui poupada a quezílias , problemas ou intempéries, mas fui poupada a um desgaste físico que me permitiu respirar. (não foi o caso desta ultima semana)

Amanhã é o primeiro dia do resto da minha vida. A vida que escolhi. Imperfeita, mas bem feita. Tempestiva, cheia de desafios, quedas e vitórias.

Hoje posso dizer que ao longo destes 25 anos saboreei o mel e o veneno da vida. Conheci o melhor e o pior. Realizei a maior parte dos meus sonhos. Amei muito os meus. Amo muito os meus. E eles sabem. Eu quero mesmo que eles saibam.

Quero que saibam que viver é mágico, que ser feliz é uma escolha, que não há problema em ter dias maus, mas sim carimbar com maldade todos os dias.

Quero que saibam que a inveja cansa, que o sucesso dá muito mais trabalho do que se imagina, que o trabalho onde passamos a maior parte do tempo deve ser desafiante e apaixonante para que nos possa instigar a paixão por fazer mais e melhor, evoluir e superarmo-nos.

Quero que saibam que mesmo vivendo numa época tão centrada em nós mesmos, onde a pressão embate com tanta força que nós faz andar aos tropeços e à deriva, por vezes, vale a pena não desistir.

Elevem as vossas vidas, responsabilizem-se por ela com muito amor próprio. Somos a única pessoa que nos acompanha do inicio ao fim, convém mesmo gostarmos de nós e perceber o que andamos aqui a fazer.

Sei que fiz deste ano, um ano do caraças e hoje em retrospectiva posso bater o pé no chão e gritar bem alto: VIVI O MELHOR QUE CONSEGUI.

CHEERS.

E sabem porquê? Porque tenho na minha vida as melhores pessoas que o Universo conheceu: vocês.

Um beijinho e um milhão de obrigadas.

26 podes pôr-te a caminho.

Até sábado,

Nita

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