quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Expatriados


Anexo 6
A motivação dos expatriados

Superar o fácil não tem mérito, é obrigação; vencer o difícil é glorificante; ultrapassar o outrora impossível é esplendoroso." (Alexandre Fonteles)

Ser expatriado não é fácil, nem para os trabalhadores que se vêm longe do país-mãe com desafios transculturais, nem para as empresas, pois os mesmos representam um custo de 2 a 3 vezes mais em relação aos trabalhadores locais.

O processo de expatriação é necessário na sua maior parte para países em desenvolvimento, onde o know how  é reduzido e até mesmo escasso, de modo a que as empresas levem consigo (investindo no capital humano) colaboradores capacitados para cargos de maior responsabilidade e com maiores aptidões para o desenvolvimento e crescimento da empresa em questão, que em contrapartida aufere salários bastante mais elevados que no país-mãe.

Para os expatriados a parte emocional torna-se mais complicada de gerir, a distância da família e todos os problemas inerentes ao mesmo, acabam muitas vezes por tornar este processo mais penoso.

Um dos maiores desafios para as empresas é a motivação e empenho dos colaboradores, visto que ao trabalharem mais de 8 horas por dia, e estarem na sua maior parte no mesmo local de trabalho, acabam por se "perder" e julgarem ter "bastante tempo para fazer", Isto resulta numa procrastinação perniciosa, falta de foco, eficiência, motivação, e bastantes assuntos acabam por ficar pendentes, não estimulando assim a apresentação eximia de resultados, como seria de esperar.

Longe vai o tempo, que as empresas precisavam de pessoas, hoje devido à enorme competitividade acaba por ocorrer o oposto, são as pessoas que precisam das empresas, uma vez que na ausência de um trabalhador, facilmente se substitui e o trabalho acaba por ser feito. Humanamente não é fácil de aceitar, não obstante contra este facto pouco existe a reiterar.

Actualmente, temos que aprender por mérito nosso, como se cada um de nós construísse uma carreira (lutando diariamente) dentro da própria empresa. Ao pensarmos assim, estaremos a assumir a nossa quota parte de responsabilidade (nada fácil) pela nossa evolução pessoal e profissional.

Aquilo que fazemos e aprendemos, ficará connosco. Sendo ou não reconhecido, servirá certamente para que ascendamos a um nível superior de solução de problemas.

De seguida, deixamos alguns conselhos para que seja mais fácil o concilio emocional e prático, quer para os trabalhadores, quer para as empresas.

-No final de cada dia elaborar uma lista de assuntos pendentes e/ou importantes e delinear o dia seguinte, ou então fazê-lo no próprio dia, 15 minutos antes do horário funcional de modo a reduzir o stress pré-laboral.

-Compromisso e organização.

-Manter uma posição de foco, rendimento e brio no trabalho, visto que quanto mais produzirmos verdadeiramente, mais realizados e motivados nos sentiremos.

-Elaborar um relatório pessoal de desempenho, auto-avaliar os nossos pontos fortes e fracos e como melhorar estes últimos.

-Elaborar uma acta quinzenal ou mensal do nosso trabalho e entregá-lo à direcção.

-Utilizar a tecnologia a nosso favor, tirando o maior partido dela.

-Ver quais são os hábitos das pessoas de sucesso e o que podemos aprender com eles.

-Preparar os dossiers para as reuniões de modo a que as mesmas sejam proveitosas.

-Ter uma atitude pro-activa na empresa e não de "sonambulismo".

-Sabendo das inúmeras injustiças que ocorrem e insatisfação sempre presente que possa haver no meio empresarial, tentar focar na gratidão por ter um emprego e saúde para o mesmo.

-Jamais adoptar uma postura de superioridade ou racismo.

-Ser empático: colocar-nos no lugar dos outros.

-Investir no desenvolvimento e crescimento pessoal.

-Mantermo-nos informados.

-Ter um livro de erros: por cada erro que cometer, anote a lição a reter de modo a aperfeiçoar o nosso trabalho.

-"Já que temos de aqui estar e fazer algo, que então façamos algo de jeito".

 

"O sucesso é a soma de pequenos esforços - repetidos dia sim, e no outro dia também." (Robert Collier)

 

Faz um upgrade à tua vida


Ontem ao realizar o Plano Estratégico Empresarial, houve uma frase que me saiu que fiquei depois a pensar nela:

"O que não é medido, não é gerenciado."

Depois ocorreu-me outra pergunta:

"Como ando a gerenciar e o que ando a fazer com a minha vida?"

Esse flash e essa interrogação serão capazes de mudar muita coisa se não lhe formos indiferentes e mentirosos na resposta.

Quando saímos da nossa zona de conforto, quando nos distanciamos da rotina, quando paramos para pensar que rumo estamos a dar à nossa vida e o modo como a estamos a viver, acontece algo parecido com magia: uma visão clara de vários aspectos que não estão a correr tão bem como gostaríamos e que tal como os softwares, a nossa vida também precisa de upgrades.

Há tempo questionava-me pela minha responsabilidade vital, o que eu estava a deixar entrar e morar na minha existência, se era isto que eu queria e merecia, ou se simplesmente eu recusava-me a olhar de frente e encarar os factos e com isso me afastava daquilo em que acreditava.

Por vezes somos nós mesmos que travamos a entrada da felicidade com medos ridículos, com o que deixamos andar e com aquilo que aceitamos que os outros nos tornem. às vezes é preciso dizer Não aos outros e Sim a nós mesmos.

A vida, queiramos ou não, vai-nos trazer profundos momentos de dor, são geralmente momentos de perda, por isso convem armazenar muita coragem e energia para essas épocas, e percebamos de uma vez por todas, que estamos aqui com tempo limitado e que as trivialidades que deixamos passar e nos cansam são meramente perdas de tempo inconsciente.

"Ah hoje pode ser... lá vai ter de ser.. e amanhã repete-se..." e quando damos por nós estamos completamente desviados da nossa rota, cansados e asfixiados com aquilo que deixámos passar, deixámos aguentar, deixámos ficar.

Ao mesmo tempo, tudo isto é necessário e para resultados diferentes, acções diferentes. Se não estamos contentes com o que colhemos, convém perceber o que estamos a semear.

E foi aí, precisamente nesse ponto, que eu fiz algo muito útil e importante: um upgrade à minha vida, sem medo da minha luz. (Leiam a imagem em cima)
Ou seja, elaborei uma lista de coisas (são pequenas coisas mas que se não forem limadas tornam-se enormes) que me roubam energia desnecessariamente, uma lista de coisas que não tenho de aguentar ou alimentar, e no fim, as actualizações necessárias a fazer para que viva melhor focando o que gosto, o que quero, o que mereço, o que é prioritário, o que estou disposta e o que me faz verdadeiramente feliz.

Sei que não será tudo rosas, nem fácil de aplicar alguma exigência pessoal e profissional, mas o diagnóstico da minha vida e o update está feito, agora é ir ajustando-o e actualizando-o sempre que perceber que não estou a ser a líder da minha travessia.

"Upgradem" as vossas vidas e sejam incrivelmente mais felizes,

Beijinho no coração,

Nita

 

domingo, 23 de agosto de 2015


Há anos que este é o teu poder, chegares à minha vida e virares tudo ao contrário. Entras pela janela, sais pelo telhado, mudas a ordem das coisas e das pessoas, do que acredito e do que me permito.
Parece que chegas sempre nas alturas mais certas e mais erradas ao mesmo tempo, vens meio anjo, meio demónio.

És sempre assim, esse paradoxo que me intriga e me vicia, e esse medo que me pela e me asfixia.

Eu podia virar costas, podia não responder, podia nem sequer ver, mas a verdade é que a vontade é a maior das energias e tu sabes bem como me apanhar.

Não tenho um nome para isto, mas sei ao que isto sabe, aqueles cocktails que nos metem tontos em minutos, aqueles que nos trocam os sentidos, que são shots de adrenalina.

Às vezes mesmo vendo-te em tantos rostos por ai, acho que é desta que desapareces da minha vida, mas depois retornas, nunca percebi bem porquê ou para quê. Mas o certo é que voltas.

Houve dias em que pensei já não gostar mais de ti, quando me perguntavam respondia orgulhosa (e caprichosa) que aquela minha pancada apaixonada já tinha passado. (Na verdade eu continuava a tremer por dentro sempre que tocavam no teu nome.)

Achei que assim era mais fácil de sarar o coração, que o tempo ia resolver tudo e que se não te visse e se não te tocasse seria ainda mais fácil esquecer-me do teu jeito tão diferente de ser. Desse carisma, dessa vontade própria, dessa arrogância que envolvia e atraia e me fazia sentir protegida.

Acho que foi por isso que me apaixonei, és diferente de todos os que conheço e não tens vontade nenhuma de mudar. És e gostas de ser, e na verdade eu também.

A única diferença é que me habituei a tudo isto.

Contigo não há uma linha, não há uma lógica nem um plano, há mergulhos e quedas livres e gritantes que me fazem sentir viva. Despedaças-me, demoves-me, descompões-me e regeneras-me com a tua assertividade...  Não, não lamento nada disto, antes ser louca por sentir, do que vazia por omitir...

 

Nita

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Sou teimosa e isso às vezes é perigoso.

Não cresci no meio de discussões,
nunca fui habituada às mesmas.

Sempre que consegui fugi delas, mudei de tom, calei-me, respirei fundo e tentei não as alimentar.

Odeio que gritem, odeio que insultem mesmo que seja na brincadeira.
Odeio qualquer tipo de violência. Não há coisa pior nesta vida.

As discussões matam a alma. As palavras mal usados são espadas.

A minha sensibilidade é imensa, e ultimamente tem sido ainda maior.

Discussões a sério na minha vida tive poucas, e ainda hoje me lembro quais foram, ficaram tão marcadas em mim como as queimaduras graves ficam na pele.

Foram discussões com as pessoas que mais amo, e mais me amam. Pedi desculpas se tivesse dito algo com cabeça quente e nunca nos deixámos de falar nas horas seguintes, mas não é por isso que marcam menos. A energia muda, a respiração fica ofegante e sempre que a memória nos aviva o pensamento, a angustia desses momentos é tenebrosa.

No meio das mesmas, elevo sempre como amo a pessoa em questão.

Mesmo que possa discutir tento sempre dar ouvidos ao coração e perceber que discutir não ajuda em nada a não ser a acumular mágoas.

Nos últimos tempos, tem havido um vírus muito presente na sociedade: cansaço. E sabem o que o Sr. Cansaço faz quando se junta com a Dona Exaustão? Porcaria... e levam-nos muitas vezes a corações desumanizados e dias acizentados. Sem necessidade.

Não é tudo cor-de-rosa, todos nós sabemos, mas eu recuso-me a fazer disto rotina, uma discussão por ano chega e sobra para o meu coração ficar calado e descansar e a razão falar para não se esquecer que existe.

Mais do que isso não. Não mesmo.

Mesmo que hoje admita sem qualquer pudor ou vergonha que as minhas fragilidades são agentes da minha força, não tenho orgulho nenhum em levantar a voz, em coleccionar encontros pesados, palavras feias e virgulas mal postas na minha história.

Por isso coração, tens o palco todo teu para actuar, que eu mandei a teimosia e a razão descansar!
 
Por hoje já chegou,
 
Com perdão,
Nita

 

 

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Orgulho em ti

"Só quero que se orgulhem de mim. Aliás, quero que sejas a pessoa que mais se orgulha de mim, Nita."


Tremi.

Enquanto me davas as mãos e tremias comigo, em menos de cinco minutos repetiste isto duas vezes, com voz bem trémula, insegura e dorida. Hesitante e gaguejante prosseguias.

Lia-te o medo nos olhos, uma espécie de desculpas pelos erros cometidos sem qualquer tipo de noção das consequências, e um excesso de culpa nas costas que te fazia pesado e com a coluna torta.

Letargia, eu dizia.

Além disso via-se amor, via-se um pedido de ajuda inconsciente e eu abraçava-te com força nestes intervalos. Abraçava-te como se te fosse proteger do mundo, como se ao abraçar-te com força te entalasse as dores e estas acabariam por desaparecer.

Ao mesmo tempo, arranjava coragem para te dizer de um modo mais racional e simplório que quem se tem que orgulhar mesmo muito de ti, és tu. Isso é sempre a prioridade.

Não queria ser fria com isto, porque tenho a certeza que querias mesmo que eu me orgulhasse muito de ti. E eu orgulho-me muito, mas mais ainda quando tu também o fazes. Porque isso é sinal de crescimento, de verdade e realização pessoal, de consciência, de lealdade para contigo em seres cada dia uma pessoa melhor, mais ampla, e mais total, mais preenchida e mais real.

Quando te orgulhas de ti, isso reflecte-se na tua vida, na tua maneira de a viveres, nas tuas conquistas, nos teus sonhos, no teu amor-próprio. Significa que és coerente contigo, que não andas à sombra do mundo à espera de algo que não tem fundo, que as tuas acções têm eco e que os teus propósitos são autênticos.

E isso ainda me deixa tão mais orgulhosa, tão mais honrada de tudo o que és.

Juro-te meu amor, tenho mesmo muito orgulho em ti, mas também quero que sejas o primeiro a saber o que isso significa.

 

Nita

 

 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Ser feliz

 
Num dia de Sol, desses que temos todo o tempo do mundo e a nossa única pressa é a de aproveitarmos ao máximo, estava com uma das minhas melhores amigas, numa esplanada à beira da praia e enquanto falávamos apressadamente, alguém se juntou a nós.

Eu não conhecia, mas logo fui apresentada desta forma:

-Esta é a Nita-a-pessoa-mais-feliz-que-vais-conhecer.

Assim, espontâneo, com olhares sinceros a cruzarem três pessoas e aquilo nunca mais me saiu da cabeça.

Dias depois, inquiri a minha amiga, da veracidade do que disse ao qual a mesma respondeu que sim, que era mesmo verdade, e que tinha a certeza disso.

Nunca mais me saiu da cabeça, nem mesmo quando não estou tão feliz.

Não é por ser a minha melhor amiga a dizê-lo, até porque ela só diz mesmo aquilo que sente e pensa, sem tentativas de tentar agradar ou mostrar seja o que for, é pelo poder do que ela disse, é por saber que ela me conhece, mesmo quando tropeço, duvido ou caio, recuo ou saio. Mesmo quando aguenta os meus dramas. Mesmo quando me esqueço ou esmoreço. Mesmo sabendo de tudo isso, ela afirmou sem hesitar.

Então ser feliz deve ser isto. Não negar os sentimentos, permitir-se sofrer quando é altura disso, aceitar as fases menos boas, ter sempre esperança no amanhã, ter amigas assim que nos vêem sem filtros e sem hesitações, que partilham segredos e paixões, que têm Sol e têm mar, que têm encontros e sabem aproveitar, que não se cansam de lutar, que sabem reconhecer, que sabem amar, que sabem agradecer e valorizar. Ser feliz deve ser isto, focar nas afirmações positivas, escutar apreço e elogiar, saber diferenciar, saber estar e saber ser... cada vez mais feliz sem temer.

Sejamos então, MUITO FELIZES,
Nita
 
 
 
 

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Fins díficeis, podem gerar começos incríveis

Não sei há quanto tempo não te escrevo, nem há quanto tempo que não me sinto tão feliz, lucidamente feliz e consciente.
Quero que saibas que quando acabaste comigo, quando o nosso castelo se desmoronou, quando deste mil e uma desculpas para fugir da verdade e quando me roubaste o mundo e o coração, fiquei sem chão.
Diziam-me que era uma fase, que desgostos fazem parte, que o tempo cura e ajuda e que eu ainda ia ser muito feliz. Eu duvidava, parecia fazer birra e era teimosa o suficiente para não acreditar que tudo era lição e que ia mesmo ser muito feliz.
Tinhas esse poder sobre mim, deixavas-me tola e cega.
Às vezes somos assim, essencialmente quando algo da nossa vida, simplesmente desaparece, quando o tudo de ontem, vira o nada de hoje. Ficamos assustados e amedrontados.
É estranho quando te apegas durante anos, quando te habituas e quando amas alguém, e depois essa pessoa muda, desaparece sem deixar rasto, sem aviso, sem noção. Eu tenho outro nome para isto, assim muito baixinho e rápido te digo: cobardia.
Nos meses seguintes a isso, fiquei letárgica e vazia. Sempre precisei de factos e explicações plausíveis para as coisas acontecerem de certo modo. Onde tinham ficado as nossas promessas? O que era feito dos nossos sonhos? Dos nossos segredos?
Sempre gostei muito de seguir uma ordem, um caminho que fosse em frente e não um labirinto que do nada acaba. Mas até isso eu tinha de aprender. Que tudo muda e que as coisas acontecem por vezes sem esperarmos.
A magia acontece e o Universo agradece.
E aconteceu. Sabes? Voltei a sentir as borboletas na barriga, voltei a ter uma fé infinita, uma energia que parece não acabar. Mudei, cresci, fortaleci-me, aprendi e continuei a viver.
Hoje percebo que algumas das nossas crenças eram utópicas, que por vezes coisas boas acabam, para melhor virem. Que fins difíceis, podem gerar começos incríveis.
Voltei a abrir o coração, voltei a sorrir e a andar descalça, voltei aos pores-do-sol, às camisas largas, ao café da manhã despenteada. Voltei a sentir uma adrenalina imensa cada vez que o telemóvel toca, voltei a dar-me e a entregar-me. Voltei a ser.
Sim, quando menos esperei o meu coração adormecido voltou a bater com muita força, voltei a sentir-me invencível, voltei a sentir-me viva.
O amor é uma coisa maravilhosa e a paixão foi ainda mais teimosa que a minha própria teimosia.
Acho que não trocava nada do que vivemos, foi à pala disso que eu estou como estou, e sou como sou, e aprendi o que aprendi. Com algum custo é verdade. Mas faz parte.
Hoje tenho mais fé, vivo mais no presente e aproveito-o melhor, hoje acredito mais que a vida sabe o que faz, que nem tudo é mau e que só percebemos que afinal foi uma benção um tempo depois.
Há fins felizes e há outros necessários.
Hoje sei que nunca haverá explicação para tudo,  mas que a vida não é para ser explicada, é para ser vivida.
Hoje sei que se cair oito vezes, vou conseguir levantar-me nove e isso foste tu que me ensinaste, quando me pregaste uma rasteira no caminho que juntos percorríamos. Deste-me depois outro pontapé e hoje vejo que até isso me ajudou a seguir em frente de um modo melhor e diferente.
Obrigada por tudo isto,
Nita
 
 
 

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Quem não sabe o que quer, perde o que tem

Avisei-te entre linhas que podia quebrar.
Que também eu não era de ferro. Que tenho os meus próprios limites. Que uma coisa é dar e cuidar e tolerar, outra é de mim abusarem. E quando eu vejo que isso acontece, quem mete um STOP sou eu mesma.
Não dou para esperar nada em troca, não dou para receber. Dou porque quero, mas quando as coisas são tomadas por garantidas, quando a minha sinceridade é posta à prova, quando já tudo parece mais cheio de obrigação do que de sentimento, então compete-me a mim mudar.
Nunca fui habituada a desistir, muito menos do que quero, mas quando insistir seja no que for durante demasiado tempo se começa a tornar perigoso e as forças começam a falhar, então deito a toalha ao chão, arrumo as minhas coisas e saio para a minha vida.
Não guardo rancores, não fico a matutar, nem a esperar nada em troca, porque os meus actos são da minha responsabilidade, tal como também é da minha responsabilidade, ser mais inteligente, não me contentar com migalhas, não aceitar que me desvalorizem, não mendigar atenção.
Porque quem não valoriza perde, e quem não sabe o que quer, está logo o passo dado para perder o que tem!
 
Nita
 
 

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

domingo, 9 de agosto de 2015

O que realmente importa

Acordei lentamente com a certeza que nada nesta vida é tão bom quanto ter saude e estar perto dos que amamos.

Acordei com mimos de família, acordei a tomar o meu pequeno almoço preferido. Acordei de bem com a vida mas com uma sensibilidade extrema.

Acordei  e vi um dos meus sonhos a caminho (esperam-nos novidades), acordei e falei com os meus miúdos, o Manuel e o João e a conversa derrapou para algo que a mim me faz muita confusão: saudades. Já as tenho em grande dimensão e só de pensar que ainda vamos estar umas quantas semanas sem nos vermos e que isso tende a aumentar deixa-me com o coração muito apertado.

Mas afinal são saudades que permitem reencontros, por isso basta lutar para que os mesmos se tornem reais.

De seguida, ao fazer scroll deparo-me na partida da Mariana. Eu não conheci a Mariana, mas a história dela tocou-me de tal ponto, que juntamente à minha maior guerreira Mãe Vanessa, à Alexandra e a uma equipa de sonho da CM TV, realizamos um dos sonhos da Mariana, um quarto de princesa.

Lembro-me do dia em que a Vanessa veio ter comigo, eu estava com uma infecção nos olhos e cansada, a mil como sempre, era Inverno e eu ia viajar brevemente, não podendo estar presente no dia em que a Mariana viria o seu sonho realizado. Mas quem quer, faz acontecer.

Lembro-me de termos ido procurar colchas e artigos cor-de-rosa, lembro-me de correr a minha casa à procura de algo que pudesse ajudar neste sonho e na Zara Home perscrutávamos tudo ao pormenor para que este quarto fosse inspirador e lá o "sofrer" não existisse.

Cheias de carinho e energia, cheias de amor e alegria, conseguimos que aquele quarto ficasse especial. Isso deixa-me com o coração cheio, mas a partida de alguém (mesmo que não conheçamos) é um murro no estômago. Muito mais quando se tem 15 anos e uma vida pela frente.

Quando confrontados com estas noticias, é inevitável que nos questionemos: que andamos nós a fazer na nossa vida? Estamos conscientes que estamos aqui de passagem? Andamos sempre a correr e é para sermos felizes? Temos a noção do quão frágil é a vida de modo a que a consigamos viver intensamente, relativizar imensamente e perdoar incondicionalmente?

Temos a noção que é nos momentos mais simples, que a felicidade está presente? Que não temos mesmo todo o tempo do mundo? Que ter saúde é um luxo e um dom? Que termos as pessoas que amamos neste mundo é uma benção? Ou andamos aqui feitos marionetas a invejar os outros, a criticá-los sem amarmos os nossos e expressarmos esse amor gastanto é energia com isso, que acaba por não ser gasta mas sim partilhada? Somos felizes ou estamos apenas na nossa zona de conforto?

.... Agora ficam as perguntas no ar, para que possamos realmente pensar sobre as mesmas e acima de tudo sobre como andamos a viver a vida.

 Nita❤️

P.S. Descansa em paz Mariana linda! Um beijo grande, grande, grande à familia!

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Coragem

Vi amores perdidos por falta de coragem, não habituados a qualquer sacrifício em prol do outrem e do amor;
Vi amigos afastados por falta de coragem, em se levantarem e momentos partilharem.
Vi famílias desfeitas por falta de coragem em perdoarem, em mais amarem, em mais se dedicarem.
Vi perdas por falta de coragem diante dos medos, por falta de coragem ao enfrentarem a vida.
Vi talentos adormecidos por falta de coragem em perseguir os sonhos mesmo que muitas vezes tenham ouvido "não" diante dos mesmos.
Vi vidas à deriva por falta de coragem e atitude em mudar o que não nos agrada, ao invés de empreendermos diante do que queremos.
Se não há coragem, pouco interessa a vontade,
Se não há coragem, pouco interessa a bondade sem acção,
Se não há coragem, o medo invade o coração!
Coragem!
Coragem!
Coragem, então!

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Se for para correr atrás que seja dos meus sonhos

Está na hora,
o tempo não se demora.
o tempo não sobra,
o tempo só passa,
por vezes é preciso deixar ir para melhor poder vir.
Está na hora, meu amor, está na hora!
Abram as portas e as janelas, vejam como dia está lindo, o sol brilha com muita força, convida-nos a libertar-nos de tudo o que nos pesa, iluminando as nossas certezas, repondo as nossas energias, restabelecendo as nossas alegrias.
É tempo de mudar, é tempo de levantar é tempo de não correr mais atrás de quem nem um passo dá por nós. Cansei-me disso, aprendi que seja quem seja que valha a pena, não necessitamos de correr atrás, porque simplesmente caminham ao nosso lado.
Quem corre atrás de pessoas bandidas e que fogem é a policia, se for para correr atrás então que seja dos meus sonhos.
Pois é, cansei-me de ser curativo, de ser opção, e titular só quando dá jeito.
Chega uma hora que entregar-se a alguém faz com que sintamos falta de nós mesmas. Que erro crasso que nós cometemos, quanta ingenuidade. Mas aprendemos e mudar parte de nós, voltar a ser quem eramos, também. Aliás podemos ser ainda melhores, não precisamos de restos quando o que damos é inteiro.
Primeiro curar, depois procurar.
Está na hora de abandonar laços cheios de nós, está na hora de deixar para lá quem não ama, mas joga, quem não doa e só cobra. Caminhos sem ligação não nos levam a lugar nenhum.
Está na hora, mais que na hora, de viver uma vida sem demora, sem mentiras ou pesos, sem jogos ou esperas.
Está na hora e eu estou indo!
Nita
 
 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

7 Conselhos que podem melhorar como o chefe o vê

Enquanto uns estão de férias, por aqui trabalha-se e aprende-se e por isso o post de hoje é sobre TRABALHO.
 
Aqui vão os meus conselhos:
 
1-Tentar nunca chegar atrasado. O ideal seria chegar 10 minutos antes da hora, preparar o trabalho, planear o dia e despertar profissionalmente.
2-Ser transparente, se errou não culpe os outros. Peça desculpa, corrija e aponte a lição.
3-Mostrar interesse, em fases da empresa mais complicada, empenhe-se ainda mais sendo pro-activo.
4-Se não lhe pedem, faça-os você mesmo: relatórios de desempenho mensais. O que fez? O que tratou? O que melhorou? O que evoluiu? Que valor acrescentou?
5-Há dias difíceis. Muito difíceis, mas não adopte diariamente uma postura desmotivada, não seja "molenga" a caminhar de braços baixos. Sorria com humildade, coloque energia e seja rentável.
6-Prepare as reuniões o mais possível de modo a perder pouco tempo vazio nas mesmas.
7-Não se compare constantemente, nem sabote os colegas. Não embirre por tudo e por nada, eu sei que há imensas injustiças difíceis de digerir e chefias muito complexas e complicadas, mas tente manter a calma. Concentre-se e foque-se na sua evolução e melhor versão. Acrescente valor, comece por si.
 
Sucesso dá trabalho, é preciso coragem, não é fácil, mas de facilitismos não reza a história!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Valoriza

Não sei como fazer frente a este mundo que começa a ser decadente. (E olhem que eu sou optimista.) Mas talvez começasse a ser altura das pessoas irem às origens e serem menos egoístas.
Alguns dos sentimentos mais autênticos, acabam por se evaporar por aí, ou porque as pessoas não estão bem, ou porque invejam, ou porque são indiferentes, ou porque têm sempre mil e uma desculpas, ou porque estão ocupados, ou porque são mesmo egoístas e incapazes de se colocarem no lugar dos outros.
A transparência dá agora lugar a algo mais turvo, a uma sociedade mais suja, mais stressante e mais egoísta.
Nunca a velha máxima, "valoriza quem te valoriza, porque o resto só te liga quando precisa", fez tanto sentido.
Não quero continuar a bater na tecla do egoísmo, não quero dar mais importância ao que não tem, quero sim glorificar os verdadeiros: os amores, os amigos e a família.
Aqueles que nos amam do jeito que somos, que em vez de dizerem que têm saudades, dão um jeito para nos verem. Aqueles que conhecem o nosso pior feitio, aos que recorremos tantas vezes.
Aqueles que se importam verdadeiramente connosco, que não nos desprezam a fazer jogos a ver quem gasta mais fichas, aqueles que nos dão a mão para levantar, que nos abraçam sem parar, que não cobram ao esperar.
Aqueles que mandam mensagens do nada só para saberem como estamos, aqueles que percebem os nossos silêncios sem nos julgarem, aqueles que nos dão colo e afectos e nos mostram nos pequenos gestos o quão gostas de nós. Confiança é tudo, e confiar cegamente que estão connosco, ao nosso lado e que gostam de nós como somos, é das sensações mais bonitas da vida.
Aqueles que nos amam em alturas difíceis, quando desabamos, quando erramos, quando duvidamos.
Aqueles que nos dizem as verdades olhos nos olhos e dividem problemas e multiplicam sorrisos.
Às mães e aos pais que nos deram a vida e nos ensinaram tão mais do que aquilo que imaginamos, que nos amam com uma força incondicional e um amor sem igual. Valorizem-nos se têm pais assim.
Aos irmãos e a restante família de sangue ou coração que nos estende sempre a mão. Aos genuínos, porque essa característica nem sempre vem no ADN.
Aos namorados que nos completam na mesa do bar e nas noites de luar, quando rimos e quando choramos, quando estamos arranjadas e quando estamos "avariadas". (Valorizem-nos!)
Aos amigos que nos acodem em todas as horas, que sentem as nossas vitórias, que tiram os seus casacos para nos aquecer, o corpo e a alma. Aos que sabem dividir, aos que sabem colocar-se no nosso lugar, aos que olham com olhos de ver para o nosso caminho sem esfriar. (Valorizem-nos!)
A todos os que passaram o nosso trilho e ouviram o nosso coração, leram as nossas histórias, deixaram uma palavra, demonstraram carinho. A todos aqueles que se lembraram de nós quando precisavam e quando precisámos, a todos aqueles que não nos largaram nem no bom, nem no mau.
A todos os que ficam porque querem, porque gostam, porque sentem de livre vontade sem máscaras ou interesses. A esses boa viagem.
A todos os que não se esqueceram de nós, ou não nos colocaram na prateleira quando não servimos mais.
A todos aqueles que escutaram as nossas histórias chatas tantas quantas as vezes que precisámos desabafar.
A todos aqueles que realmente queriam ver-nos felizes e fizeram por isso.
(Valorizem-nos!)
Valorizemo-nos então, agora sem demora, porque saudades e arrependimentos podem não trazer nada de volta.
Nita
 

A vida enfrenta-se de frente


Estava a fazer scroll ontem à noite, e além de já não sermos amigos nesta rede social, nem em qualquer outra, apareceste-me identificado na fotografia de amigos em comum. Estavas na noite e estavas a a sorrir, contrariamente ao que se tem passado nos últimos meses, desta vez o meu coração não parou, não sei bem o que senti, já não pensava em ti a algum tempo, parece que o que vivemos foi noutra época, noutra vida, noutro mundo.

Quando acabaste comigo, acabaste literalmente comigo, de uma ponta à outra do que sou. Como tivesse que encarar todos os meus medos, como se os mesmos se tornassem reais. Doeu tanto.

Acabaste de um modo tão frio, tão a despachar, como se deitasses fora os copos de plástico de uma festa qualquer que agora já não serviam. Foi aí que te revelaste, foi aí que me culpei ter gasto tanto do meu tempo contigo. Foram cinco anos.

Foi assim, poucas palavras, nenhum sentimento, a quereres livrar-te de feridas e de culpas, para não te doer mais a ti do que aquilo que era suposto. Foste ainda mais egoista do que aquilo que costumavas ser.

Fiquei em choque e impávida, questionei-me onde tinha falhado e errado, e como tu te tinhas transformado. Já não eras o mesmo. E nunca foi por ti assim que eu me apaixonei.

Quando me apaixonei, entrei naquele mundo cor-de-rosa como são todos os inícios, não liguei ao que me diziam, achava que conselhos eram invejas, que abre-olhos eram ciúmes, que avisos eram dores de cotovelo. Só vimos o que queremos ver, mas quando estamos tão exacerbadamente apaixonadas, nem isso atingimos. Não me culpo por isso, e hoje já não guardo ressentimentos, não anulo cinco anos da minha vida, não mudava nada, tinha era feito de outra forma. Mas que me vale isso agora? Agora vale o que aprendi, a tomar mais conta de mim, a resgatar-me e a depender unicamente de mim para ser feliz.

Perdoei-me para me salvar, para me libertar. Guardo momentos docemente bonitos, amámo-nos bastante, acreditávamos no mesmo horizonte, caminhávamos de mãos dadas e eu via nos teus olhos a simplicidade de tudo isso e a verdade dos mesmos, mas os ultimos meses já não foram assim, já havia aí qualquer coisa nessa cabeça e coração a ditar o fim, e o nosso amor passou de validade. Foi bom enquanto durou.

Só passados todos estes meses eu te escrevo com mais paz, sem tanta acusação, sem te desejar nada que não seja bom, nada que não seja bonito.

Porque eu era assim antes de toda esta tempestade: cristalina, apaixonada pela vida, generosa e leve. Não quero guardar rancores para mim mesma, não quero beber do meu próprio veneno.

Somos hoje duas pessoas muito diferentes, com outras vontades, outras crenças, outros objectivos, marcadas pelo que vivemos, quebradas pelo que rompemos, recompostas pela vida que se vai endireitando, pela fé que se vai ajeitando.

Perdoei-me, perdoei-te, restaurei-me, amei-te. São factos e não os nego. Mas a vida enfrenta-se de frente, e foi isso que eu fiz, e sabes que mais? Hoje sou ainda mais feliz.

 
Nita

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Comparar-nos é reduzir-nos

Às vezes penso que tipo de pessoas é que estão por trás de certos comentários que se lêem por esse facebook fora.

Se é certo que temos uma maior liberdade de expressão, não nos podemos esquecer que existe algo que é respeito pelo próximo.

Leio comentários de uma inveja exacerbada, ofensas e criticas (nada construtivas) e ainda há quem por aqui destile um ódio grotesco. Isso faz-me muita confusão e espelha realmente a sociedade doente em que vivemos.

Mas adiante, que não vou dar mais aso a esse assunto, mas sim a outro, que por lá se liga: a comparação.

Temos a vida de toda a gente debaixo dos nossos olhos, postamos momentos, partilhamos alegrias e visualizamos isso dos outros, e até aqui tudo bem. O pior é que inconscientemente por vezes, vamos comparando a nossa vida à dos outros, nós que trabalhamos e os outros que estão de férias, nós que isto e os outros aquilo. No entanto, o caminho dos outros a eles pertence e se o Facebook acaba por ser uma montra, ninguém nos mostra muitas vezes o que está para lá disso mesmo: o trabalho de bastidores.

Muita da inveja começa com a comparação. Comparar é reduzir. Cada um tem a sua vida, os seus problemas, a sua luta, a sua coragem e a sua atitude, que pode ser mais optimista ou mais pessimista.

Comparar por vezes acaba também por ser uma maneira subtil de julgamento, um racismo inconsciente diante de modos de vida.

Comparar no trabalho quem ganha mais, quem chega mais tarde, quem chega mais cedo, quem se dá melhor com este e aquele, acaba por estragar e esfriar muita reputação. Ainda para mais quando se comparam com o negativo e dele bebem exemplo. Muitas vezes é inconsciente e nem nos apercebemos, mas raramente comparar nos enche de alegria ou sentimentos de paz, uma vez que cada um é um ser único, tem um caminho singular a percorrer e coisas diferentes a aprender ou reter.

Comparar-nos constantemente com os outros baixa-nos a auto-estima, rouba-nos energia e pouco nos acrescenta.

Por isso comparar acaba por ser um desperdício de energia, que poderia ser muito mais bem aproveitada se nos compararmos ao nosso próprio melhor, à nossa versão mais "full"e vivêssemos mais no presente e mais conscientes da nossa vida.

Tenham uma boa semana com muita valorização e amor por vocês mesmos,

Nita