Anexo 6
A motivação dos
expatriados
Superar o fácil não tem mérito, é obrigação; vencer o difícil é
glorificante; ultrapassar o outrora impossível é esplendoroso."
(Alexandre Fonteles)
Ser expatriado não é fácil, nem
para os trabalhadores que se vêm longe do país-mãe com desafios transculturais,
nem para as empresas, pois os mesmos representam um custo de 2 a 3 vezes mais
em relação aos trabalhadores locais.
O processo de expatriação é necessário
na sua maior parte para países em desenvolvimento, onde o know how é reduzido e até mesmo escasso, de modo a que
as empresas levem consigo (investindo no capital humano) colaboradores
capacitados para cargos de maior responsabilidade e com maiores aptidões para o
desenvolvimento e crescimento da empresa em questão, que em contrapartida
aufere salários bastante mais elevados que no país-mãe.
Para os expatriados a parte
emocional torna-se mais complicada de gerir, a distância da família e todos os problemas
inerentes ao mesmo, acabam muitas vezes por tornar este processo mais penoso.
Um dos maiores desafios para as
empresas é a motivação e empenho dos colaboradores, visto que ao trabalharem
mais de 8 horas por dia, e estarem na sua maior parte no mesmo local de
trabalho, acabam por se "perder" e julgarem ter "bastante tempo
para fazer", Isto resulta numa procrastinação perniciosa, falta de foco,
eficiência, motivação, e bastantes assuntos acabam por ficar pendentes, não
estimulando assim a apresentação eximia de resultados, como seria de esperar.
Longe vai o tempo, que as
empresas precisavam de pessoas, hoje devido à enorme competitividade acaba por
ocorrer o oposto, são as pessoas que precisam das empresas, uma vez que na
ausência de um trabalhador, facilmente se substitui e o trabalho acaba por ser
feito. Humanamente não é fácil de aceitar, não obstante contra este facto pouco
existe a reiterar.
Actualmente, temos que aprender
por mérito nosso, como se cada um de nós construísse uma carreira (lutando
diariamente) dentro da própria empresa. Ao pensarmos assim, estaremos a assumir
a nossa quota parte de responsabilidade (nada fácil) pela nossa evolução
pessoal e profissional.
Aquilo que fazemos e aprendemos,
ficará connosco. Sendo ou não reconhecido, servirá certamente para que
ascendamos a um nível superior de solução de problemas.
De seguida, deixamos alguns conselhos
para que seja mais fácil o concilio emocional e prático, quer para os
trabalhadores, quer para as empresas.
-No final de cada dia elaborar
uma lista de assuntos pendentes e/ou importantes e delinear o dia seguinte, ou
então fazê-lo no próprio dia, 15 minutos antes do horário funcional de modo a
reduzir o stress pré-laboral.
-Compromisso e organização.
-Manter uma posição de foco, rendimento
e brio no trabalho, visto que quanto mais produzirmos verdadeiramente, mais
realizados e motivados nos sentiremos.
-Elaborar um relatório pessoal de
desempenho, auto-avaliar os nossos pontos fortes e fracos e como melhorar estes
últimos.
-Elaborar uma acta quinzenal ou
mensal do nosso trabalho e entregá-lo à direcção.
-Utilizar a tecnologia a nosso
favor, tirando o maior partido dela.
-Ver quais são os hábitos das
pessoas de sucesso e o que podemos aprender com eles.
-Preparar os dossiers para as reuniões
de modo a que as mesmas sejam proveitosas.
-Ter uma atitude pro-activa na
empresa e não de "sonambulismo".
-Sabendo das inúmeras injustiças
que ocorrem e insatisfação sempre presente que possa haver no meio empresarial,
tentar focar na gratidão por ter um emprego e saúde para o mesmo.
-Jamais adoptar uma postura de
superioridade ou racismo.
-Ser empático: colocar-nos no
lugar dos outros.
-Investir no desenvolvimento e
crescimento pessoal.
-Mantermo-nos informados.
-Ter um livro de erros: por cada
erro que cometer, anote a lição a reter de modo a aperfeiçoar o nosso trabalho.
-"Já que temos de aqui estar
e fazer algo, que então façamos algo de jeito".
"O sucesso é a soma de pequenos
esforços - repetidos dia sim, e no outro dia também." (Robert Collier)