Essa conversa cíclica de que
se precisa de tempo para pensar no amor, quando o amor apenas se sente, é
conversa da treta.
Essa resposta “talvez” é a
pior das prisões. Nem te larga, nem te agarra. Nem te ama, nem te deixa amar.
Ficas presa em ilusões e
expectativas como se pudesses colocar a vida em stand by e o tempo numa
cápsula.
Quem inventa desculpas para o
amor, está não só a reduzi-lo como que a atraiçoar o coração. Ama-se e pronto.
Ama-se com defeitos e com qualidades, com dias maravilhosos e dias menos
encantadores.
Nem sempre resulta é verdade,
nem sempre se sente igual, nem sempre se consegue perdoar. Agora o “talvez” o “dar
um tempo” são desculpas. E o que se faz com as desculpas? O que é suposto fazer
com as desculpas? Quando elas são umas atrás das outras? O que é suposto fazer
com as pessoas que dizem amar, mas que todos os dias mostram o contrário e dão
desculpas nesse sentido?
Ficamos ali a acumular
desculpas e a esvaziar amor? A perdoar e a sentir dor?
Se ficamos não devemos. Há
pessoas que adoram possuir o nosso amor e fazer dele o que bem lhes apetecer. É
um take away. Vai-se buscar quando se precisa e segue-se a sua vida, depois
quando sente falta vai novamente buscar.
Isto é jogo, não é amor.
Que maneira terrível de nos
relacionarmos. “Hoje gosto, amanhã não gosto, depois não sei, depois logo se
vê. Daqui a um mês volto, e volto a pedir desculpa e volto a conseguir o que
quero. Ah porque ela espera, ah porque ela está lá. “
Ah, está? A ver vamos até
quando!
Nita