sexta-feira, 31 de julho de 2015

Ao trabalho

Quase todos os dias alguém me manda mensagem a pedir conselhos ou ajuda. Muitos deles referem-se à parte profissional.
Hoje escrevo para vós.
Nunca as empresas tiveram tantos desafios a atravessar, a instabilidade é grotesca, a pressão é imensa, os Cvs que nos chegam amontoam-se em cascatas de papeis, os problemas são diários, e depois há ainda os que têm trabalho mas estão tão desmotivados que simplesmente não conseguem ser uma mais valia, nem se potencializarem  a eles mesmos.
O mundo mudou, as empresas a recrutar querem ser certeiras e aqueles que estão na empresa têm (devem) vestir a camisola, sempre. Se é fácil? Nada. Se é exigente? Muito. Se há tarefas muito aborrecidas? Há, imensas. Se temos que fazer de todo um pouco? Também. Se nos queixarmos? Ficamos na mesma, também.
Cada um na empresa que trabalha, hoje em dia é imperativo que construa uma carreira ali dentro. Ou seja, tem de se superar a si mesmo, tem de aprender, não é pela empresa, é pela sua evolução, pela sua aprendizagem, pela sua repercussão. Aquilo que aprendemos fica connosco. Não precisamos de andar constantemente a mandar isto ou aquilo, se o foco for bons resultados em conjunto.
Quem vai trabalhar completamente desmotivado (e muitas vezes atrasado) não está sintonizado na frequência certa. Eu sei que há imensas razões que podem desmotivar, mas se têm trabalho, já têm uma grande motivação para terem uma atitude menos derrotista.
A falta de cumprimento com os resultados, as desculpas dos trabalhos inacabados, a cadeia de um desculpa-se com o outro e o outro e ninguém tenta fazer melhor, são coisas que mancham qualquer evolução pessoal.
O mundo avança freneticamente, se tiverem todos à sombra da bananeira sem aprender mais ou estar a par das tecnologias e apenas a pensar no fim do mês em receber o salário. vos garanto que isto não dá bons resultados.
Nunca foi tão importante a parte da personalidade, é por isso que a Google já não se baseia no QI, ou QE somente, mas no QX (uma espécie de testes de personalidade). Se isso é uma invasão da privacidade? Sim pode ser, mas volto a dizer, hoje mais do que conhecimentos, interessam valores, interessam modos de ser, modos de resolver, modos de crescer e claro o nível de coerência e responsabilidade. Não é por trabalharem para outrem que isso fica descartado, antes pelo contrário, são essas coisas que diferenciam os bons dos excepcionais.
Os excepcionais antecipam o problema, chegam mais cedo à empresa para planearem, entregam-se com energia e não viram costas aos problemas como se nada fosse com eles. É com eles, é.
Os excepcionais não culpam os outros constantemente, ou os reduzem, procuram evoluir e são leais ao que acreditam, ainda que estejam sempre prontos a outras maneiras de pensar ou trabalhar.
Concentram-se nos resultados, naquilo que ao fim do dia apresentam à empresa, o que eles fizeram de especial que os destaca? O que fizeram de diferente para serem melhores? Para se tornarem únicos e uma peça fundamental da empresa?
Trabalhar não é para preguiçosos. Se todas as manhãs procurarmos ser mais activos, mais eficientes e mais rentáveis, vai acabar por nos chegar níveis incríveis de motivação. Não é para agradar os outros, mas sim para explorarmos a nossa melhor versão, para sermos melhores profissionais e pessoas mais aptas, aprendendo uns com os outros.
Volto a dizer, já não bastam cvs (nem os mais criativos). Prefiro recrutar uma pessoa que saiba gerir melhor o stress, que arregace mangas e seja coerente no seu percurso (não é ao inicio ser top e depois desleixar-se e revelar-se), do que aqueles que aparentam saber muito mas depois não são nada versáteis e ainda têm é a mania que uma data de diplomas e cursos bastas-lhes para serem isto ou aquilo.
Ao trabalho,
Um abraço,
Nita
 
 
 

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Aos amigos


Aos amigos que nos acompanham,

aos amigos que nos ouvem e entendem,

que se preocupam de verdade,

que não se cansam da lealdade,

que não desistem.

Que enxugam as nossas lágrimas,

e que nos fortalecem o sorriso.

Aos amigos que estão quando mais precisamos,

sem desculpas ou desvios,

longe ou perto, com uma mão ou um telefonema,

com uma musica ou com um poema.

Aos amigos que deixam ser como somos,

aos leais,

que nos ajudam seja para onde formos.

Aos amigos que nos valorizam,

aos puros, aos confidentes e aos cúmplices.

Aqueles que resistem ao tempo e à distância,

aos que não nos apunhalam pelas costas.

Aos amigos que nos fazem levantar,

que nos dão sem cobrar,

aos raros e aos tesouros,

aos verdadeiros e aos poucos.

Aos amigos que são Sol

em dia de chuva,

que são paz em dia de stress.

Aos amigos que nos mostram

porque outros deixaram de o ser.

Aos transparentes e sublimes,

aos que confiam e deixam confiar.

Aos que nos abraçam forte,

que nos protegem e acham o Norte,

Aos que nos fazem rir,

dançar, gritar e seguir,

aos que festejam sem inveja as nossas vitórias,

aos que se orgulham e fazem parte das nossas histórias.

Aos parcos mas bons,

aos melhores do mundo,

aos meus,

OBRIGADA por serem como são e me deixarem ser como sou.

Obrigada pelo carinho, pela amizade, pelo ombro amigo,

pela risada, pela paciência, pelas surpresas, pela energia, pela alegria.

Por permanecerem fieis a este principio sagrado:

SER AMIGO!

 

Nita

 

quarta-feira, 29 de julho de 2015


Coisas mal acabadas, afinal nunca acabam.
Connosco é assim durante anos, nunca nenhum teve a convicção de pontuar com ponto final. Virar definitivamente a página ou melhor ainda trocar de livro.

A verdade é que estamos tão marcados um no outro, que nunca largámos tudo o que nos unia, não sei se por apego se por amor. Se por medo ou por dor.
Às vezes, já para o fim, alimentávamo-nos de pequenas migalhas e achávamos que aquilo valia a pena, tentávamos encontrar sementes e voltávamos a semear esperança em nós. Mas nas nossas migalhas, poucas sementes haviam.

O amor não germinava mais forte, já nem crescia mais, e mais uma vez, não conseguíamos cortar a raiz.
Seguíamos meio zonzos por ai, meio anestesiados, cruzámos novos mundos e vimos novas pessoas, tentamos tocar mais fundo e tapar feridas com novos amores. Não resultou. Que erro crasso o nosso. Tem de ser fazer o luto das coisas e nós nunca quisemos isso. Voltávamos ao iô-iô, voltávamos à esperança meio condenada, meio doentia, voltávamos a cair, voltávamos a adoecer, voltávamos a pôr reticências e a sair por aí, um sem o outro.

Os nossos corações estavam dormentes, os nossos corpos ainda desnorteados, as nossas mãos ainda a procurarem serem entrelaçadas, à noite ainda a saudade, e a nossa consciência vagabunda, a procurar essa tal esperança doentia, não queríamos acabar de vez, sofrer de vez. E quando é assim, para poupar a gente, a mente, mente.
Diz que está tudo bem com essas pontas por resolver, com esse iô-iô cansado, são mecanismos de defesa, são máscaras que colocamos, são cobardias a que nos cobramos por medo de sofrer. Mas só quando sofrermos tudo de uma vez, quando virmos que realmente dói, mas não dá mais, é que ambos conseguiremos paz para atravessar esta barreira, para deixar cair este véu costurado pelo apego e pelo medo e já sem renda de amor.

E quando esse dia chegar, a calmaria voltará ao nosso coração, o perdão habitará a nossa alma, sem ressentimentos, pois tudo o que vivemos foi real, tudo o que partilhámos foi especial, não renego nada disso, mas tudo tem o fim, e o nosso é iminente e anda por aí!


Nita Domingos
 
 

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Tens de gostar mais de ti

Tens de gostar mais de ti



Sabes porquê? Porque o mundo anda doente e porque tu és a pessoa mais importante da tua vida! 

Tens de gostar mais de ti, para não tolerares que façam de ti parva, para que não te reduzas quando os outros te tentam cortar as asas. 

Tens de gostar mais de ti para jogares na equipa da verdade e teres liberdade para as tuas escolhas. 

Tens de gostar mais de ti, para da desilusão virar lição a teu favor. 
Para de cada empurrão, tu seguires com mais embalagem. Para que de cada queda, tu gostes o suficiente de ti, para que te consigas levantar, ainda que o tenhas de fazer sozinha. 

Tens de gostar mais de ti, para teres coragem de não deixar passar em vão as oportunidades que a vida te coloca. Para que não vives preocupada com todo o mundo e te esqueças de quem tu és. 
Tens de gostar mais de ti, para que aprendas de uma vez por todas a valorizar-te e a filtrares aquilo que te pesa, deixando para lá aquilo que não te acrescenta.
Tens de gostar mais de ti para perceberes que não há competição entre ninguém, isso não te leva a lado nenhum e só te rouba energia; o importante é seres o melhor que consegues, e lá está, para isso tens de gostar mais de ti para que consigas ver todas as tuas qualidades adormecidas, para que lutes pelos teus sonhos, para que te apaixones pela tua existência, e pelo que desejas fazer dela. 

Tens de gostar mais de ti, para te conseguires equilibrar neste mundo apressado e um bocadinho louco. Para que ao gostares de ti consigas encontrar o teu lugar ao Sol e não deixar que a baixa auto-estima te visite.

Gostar mais de ti vai-te proteger de muitas intempéries.

Tens de gostar mais de ti, para que aprendas também a gostar mais daqueles que te fazem bem e seres mais leal e incondicional ao que sentes e mais exigente com o que mereces e aceitas.

Tens de gostar mais de ti para que não te afundes em ressentimentos e culpas que te sufocam e envenenam desnecessariamente, ao gostares mais de ti, não vais querer esses sentimentos negativos para ti, e aprenderás a magia do perdão e o incrível que é ganhar uma lição. 

Tens de gostar mais de ti, NÃO é por ego, NÃO é para seres egoísta, é para teres amor próprio, auto-confiança, respeito por ti e pela tua vida e para que assim te cerques de amor e paz, para tudo aquilo que és capaz. 

Em suma, tens de gostar mesmo mais de ti e da tua vida, para que sejas inteligente na vivência da mesma, porque vais ser a única pessoa que vai estar contigo desde o inicio ao fim, por isso respeita-te mais e sê ainda mais feliz enquanto percorres e traças o caminho que escolheste para ti. 

Tens de gostar mais de ti para agradeceres o que és da cabeça até aos pés.

Porque tu mereces, porque tu deves isso a ti mesma, porque vida só há uma, esta e para já mais nenhuma! 

Com amor, 
Nita 

domingo, 26 de julho de 2015



Sou da equipa que vive intensamente, que festeja com euforia! 
Sou da equipa que joga na vida de verdade. 
Sou da equipa que erra e pede desculpas, que escreve o que sente, que exprime o que deseja, que acredita na força do pensamento.
Sou da equipa que ajuda e estende a mão. 
Sou da equipa que sabe que é preciso às vezes chorar, para depois sorrir, que é preciso às vezes desapegar para depois seguir, que é preciso reconstruir para depois recomeçar. 
Sou da equipa que aproveita os intervalos para restabelecer. 
Sou da equipa que não se contenta com pouco, com coisas medíocres e insossas,  que não economiza sentimentos, nem amor.
Sou da equipa que respeita as adversidades com um sorriso e busca em si a força para ser melhor.
Sou da equipa que luta para alcançar, que batalha para ganhar. 
Sou da equipa que corre atrás, mas também sabe desistir quando acha ser necessário. 
Ser assim faz-me perceber que há sempre como superar, há sempre como agradecer e que o remédio para gente mal resolvida é distância! 

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Viajar é viver

Das coisas que eu mais gosto de fazer na vida, viajar sozinha faz parte desse top 5! 
Este ano por variados motivos tenho tido a sorte de viajar bastante. 
Sinto sempre uma paz e uma coragem imensa, como se tivesse a fugir do mundo e a retomar ao meu reencontro que no solo parece sempre ser erosivo na pressa das horas.
Tudo parece mais calmo aqui no céu, parece haver mais tempo, mais tempo para mim, mais tempo para ler, mais tempo para escrever (essas sai outras duas coisas que fazem parte do meu top 5) e os pensamentos arrumam-se e as prioridades revêem-se quando o avião tem muita turbulência. 
Repito: adoro viajar, adoro ir, fazer, sentir (viajar ajuda-nos a sentir com mais ênfase) e tocar. Reencontrar-me também. 
Talvez porque não haja internet, nem pessoas a chamar-me, nem ter de ir aqui e ali, nem telemóvel constantemente a tocar. Talvez porque ao debater-me com outras culturas, sinta-me mais dinâmica, mais humilde e mais humana.
Há uma gratidão doce que me acompanha. Uma gratidão absolutamente poderosa. Uma gratidão por estar viva, uma gratidão assente em poder viajar, em poder caminhar, em poder visitar aqueles que gosto, em poder conhecer e em ter esta liberdade que tanto prezo e tanto me ajuda na exaltação do que sou e do quanto sou feliz e abençoada. 
Viajar enche-me de adrenalina, de energia, de alegria, de expectativas, planos e boa fé! 
Viajar é vestir a alma de experiências, é capacitar o nosso eu com novos sentires, com novas visões, com novas abordagens. Viajar é reduzir a saudade daqueles que nos esperarão. 
Viajar é levitar, é sair para encontrar, é encontrar para restabelecer, é restabelecer para equilibrar, é equilibrar para viver. Em suma, viajar é viver! 
E viajar é tão bom, e viver é tão esplêndido, tão emocionantemente mágico quando olhamos de cima para a vida, quando temos consciência do dom raro que ela é...

(Agora vou desfrutar da parte activa da viagem!!) 
Beijinhos muitos, 
Obrigada por me lerem,
Nita


terça-feira, 21 de julho de 2015

Eu já era feliz antes de ti

É claro que fui muito feliz contigo, mesmo que agora não nos lembremos disso, mesmo que agora tudo pareça que nada tenha valido a pena.

Fui muito feliz e tenho a certeza que tu também. Fomos mesmo muito felizes em tempos, fomos genuínos no que sentimos e não, não andámos a brincar aos sentimentos. Parece mas não andámos.

Fui muito feliz quando nos amámos longe das luzes do mundo, longe dos burburinhos, longe daqueles que não acreditavam em nós e nos puxavam constantemente o tapete.

Sabíamos desde sempre que éramos diferentes, que víamos o mundo de um modo oposto, eu era enérgica e ambiciosa e para ti "o quase" servia sempre. O "deixar andar" era sempre válido. Para mim o futuro fazia-me levantar cedo e cheia de convicção em querer e fazer, o futuro para mim era real e começava agora. Para ti não, parece que havia apenas o presente. Que não tinhas medos, mas também não tinhas vontades nenhumas. Que não te chateavas mas também não arriscavas.

Mas ainda conseguimos um bom tempo equilibrar o nosso barco, os nossos feitios, e amarmo-nos para lá do entendimento do resto. 
Vivias rodeado de pessoas que eu não conseguia confiar, nem acreditar. Quanto muito sempre soube respeitar, mas nunca consegui nem aceitar de ânimo leve, nem ser aceite. 
Mas não fazia mal. Achámos nós. Mas na verdade fez, na verdade foram pequenas infiltrações no nosso barco do amor que resultaram no seu naufrágio. 

Não te culpo. Nem a mim. E é por isso que te digo que eu já era feliz sem ti. Isto não e presunção. Fora alguns acontecimentos mais galopantes na minha vida, eu sempre fui uma pessoa feliz. 
Tu, não sei. Às vezes acho que eras mas logo de seguida via-te coberto de sombras internas que não te deixavam brilhar, que não te deixavam avançar. 

Agora, perdoa-me a ousadia, agora que me perdeste porque eu tive que lutar pelo meu futuro e por aquilo que quero, não te metas com coisas para me amargurar ou culpar. 

Não fui feliz quando o barco afundou, claro que não fui. Mas depois dá-se a volta, aprende-se a vir à superfície, a respirar, a nadar e a acreditar que a vida sabe o que faz.

Porque devo isso a mim mesma, o meu direito de ser feliz, de andar para a frente, de querer uma vida boa com energias puras, poucos mas bons amigos e longe do meio social e do vazio existencial. 
Não quero nunca que sejas triste, mas não podes mais controlar os meus passos ou amarrar as minhas mãos, aquando tenho muitos sonhos por realizar, muitas metas por cumprir, muita luta para travar. 

Amei-te muito, mas a partir do momento em que vi o meu amor próprio fugir e a minha liberdade ser amarrada, tive de me salvar, tive de sair, tive de me encontrar e relembrar: eu já era feliz antes de ti. 
Tu também eras penso eu, e serás. Isso tenho a certeza, mas para isso tens de amar a tua vida, tens de saber o que queres para ela, tens de lutar pelo que acreditas, sem viver na sombra de alguem...


domingo, 19 de julho de 2015

Achava que podia desprezá-la 

Penso que nunca lhe dei realmente o valor que tinha. Penso que nunca pensei seriamente em perdê-la. Como se perdia alguém que gostava tanto de mim? Que se preocupava comigo e com todos os detalhes, e eu burro, via nisso pressão. Mal eu sabia que era amor para ser cuidado. 

Achava por isso que não fazia mal as minhas sucessivas saídas com amigos, inverter as prioridades e não ligar muito ao que ela chata dizia. 

Achava que podia ser mais frio e descarregar nela algumas frustrações do trabalho e família,  que ela iria sempre aguentar.

Achava que podia esquecer de diariamente expressar com gestos genuínos o quanto a amava, mas estava mais preocupado com o resto dos problemas em redor. 

Achava que ela era de ferro, que aquela segurança e sorriso eram intactos.

Achava que não precisava mostrar o amor, bastava verbalizá-lo e deitar-me com ela debaixo dos lençóis e tocar-lhe apressadamente. 

E achei mal. Muito mal. Tudo isto e muito mais coisas que nós homens temos a mania de descuidar, elevando o ego e dando ouvidos ao meio social.
Achava e achei mal e quem acha mal perde sempre ou não chega realmente a encontrar. 

Hoje sei que foi por isso que a perdi há um ano. Que a esgotei. Que a cansei e que a mudei no modo como olha para mim. 

Por isso há duas semanas, sentado no bar da praia ao fim do dia, via-a a desfilar e a subir as escadas tão dona de si, a sorrir leve, e despreocupada, a dizer "não" com segurança, a caminhar com coragem na minha direcção e na dos meus amigos. Chegou ali a sorrir, deu-nos um beijo rápido a todos, perguntou-nos se estávamos bem e felizes, respondemos (responder às vezes não é sentir) que sim. Ela sorriu genuína, pegou na mala e saiu depressa meia a dançar, meia a caminhar, e eu fiquei ali parado a pensar que fui um fraco por "achar" de mais, que a mania de ter razão e não cuidar podia dar bons resultados, que não era preciso fazer muito, afinal ela era tão boa pessoa. 

E continua a sê-lo e agora sei que melhor pessoa ainda para ela, que do caos que a deixei, virou uma estrela que destila luz por onde passa. 

Perdia-a porque achava que podia desprezá-la. Perdia-a como tenho perdido tantas coisas na minha vida por achar que lutar ou não é igual, perdia-a porque a dei como adquirida. 

Nita


terça-feira, 14 de julho de 2015

Cuida de ti

Cuida de ti. 
Bem sei que tens andado a tentar ajudar este e aquele, a lutar por isto e aquilo mas por favor cuida de ti. 
Cuida de ti para não te esqueceres de quem és, cuida de ti para não te perderes, para não sofreres, para não te temeres. 
Cuida de ti.
Cuida desse coração, cuida dessa atitude derrotista. Cuida de ti e não te reduzas, não te sabores, não te enganes.
Cuida de ti, cuida de guardar contigo tudo o que for lição, tudo o que te fizer bem, tudo o que te ajudar a sorrir. 
Cuida de ti e do teu amor próprio e pelos outros para que a tua energia seja de boa vibração, e o amor seja a linguagem do teu coração.
Cuida dos teus sonhos e metas que possam estar perdidos. Cuida da tua
coragem em arriscar, cuida da tua força de vontade para fazeres, cuida cá tua cabeça para pensares. 
Cuida. Cuida para que não te deixes levar pelos problemas da vida, para que não percas nem o rumo, nem a tua identidade. 
Cuidar é amar. 
Amar é cuidar e cuidares de ti é víveres!
 


domingo, 12 de julho de 2015



Hoje é um dia feliz e este texto é para ti que no decorrer do tempo aturaste as minhas crises, as minhas neuras, que entendeste os meus erros e que me perdoaste várias vezes, mesmo eu não merecendo.

Este texto é para ti que aceitas e sorris, que toleras o intolerável,  que estiveste ao meu lado nas alegrias e tristezas. Sem invejas, sem truques, sem dicas incólumes, sem desculpas.

Para ti que comeste, bebeste, cantaste e saltaste, dançaste e arrasaste e comemoraste e estiveste na minha companhia e junto a mim nas minhas vitórias.

Este texto é para ti que me ouviste durante horas mesmo quando tinhas a agenda cheia, que me ajudaste a desabafar, que me levantaste e deste a mão, que me ajudaste a caminhar e a acreditar em tantos momentos às vezes difíceis.

Este texto é para ti, que aconselhaste tão sabiamente não camuflando ou pressionando o meu livre arbítrio. Sempre apoiaste as minhas escolhas apesar de saberes que eu, em algum dado momento, iria sofrer com as consequências das mesmas. E quando esse dia chegasse tu continuarias a estar lá. E estiveste. E eu não tive sequer que te chamar! 

Este texto é para ti, que me abraçaste, que tocaste para amparar, que me seguraste para proteger!

É para ti que tantas vezes interrompeste o que estavas a fazer para me responderes de imediato, é para ti que partilhas comigo tantos momentos e os fazes tornarem-se tão grandes e bem vividos.

É para ti que és amigo de todas as horas, amigo a sério, amigo em vias de extinção. Amigo que me acompanha de modo anti-egoísta, e ao invés disso dá-se incondicionalmente.

É para ti que és tão leal ao que sentes, e que fazes tão jus ao que dizes. 

Este texto é para ti, para ti que ilumina a minha vida, que a torna tão melhor e mais alegre,

Este texto é para ti, que num mundo feito de aparências, tu és feito de verdades.

É para ti que tanto te tenho a agradecer, que tanto fica por dizer, ainda assim, aqui estou eu a escrever e a relembrar a incrível e completa pessoa que és. 


Adoro-te!

Adoro-vos!

Hoje e sempre!

Tua, 

Vossa, 

Nita 

sábado, 11 de julho de 2015


Pede desculpa mas não vivas delas. 
Não vivas à espera que ele corra atrás, que os outros te valorizem (quando tu te desprezas), que os outros te liguem, te abracem (quando te fechas), que te surpreendam (quando já perdeste o encantamento).
Não podes viver à espera de algo que muitas vezes não parte de ti.
Expectativas e frustrações são inimigas da felicidade. 
O que tu queres, eles podem nem ter para te dar,
Ou nem perceber como se dá. 
Não fujas tu de ti, não entras em jogos só porque estás à espera disto ou daquilo ou tens medo de não ser aceite ou não ser compreendida.
Se queres faz. E faz bem. E faz o melhor que consegues. 
Coloca honestidade no teu tempo para que estejas exactamente onde desejes estar, para que sejas exactamente aquilo que queres ser. 
Não tenhas medo de ser.
Não tenhas medo de fazer.
Não tenhas medo de dizer. 
Tem antes medo de não viver. 
Se tens saudades liga, expressa-te. Age. 
Sê leal. 
Não estejas à espera que os outros sejam de uma certa maneira para tu poderes ser, ou para poderes viver.
Não. Não. Não. Nada disso. Não deixes de ser, isso é quase crime com as tuas capacidades e a tua saúde. 
Não. Não. Não. Não escolhas essa vida morna para ti. Se só te podes dar por metade, ninguém gostará de ti por inteiro.
Não foques tanta energia no que fizeste e deste e os outros não deram nem fizeram. Eles fizeram outras coisas, deram-te outras coisas. Deram-se como conseguiam e como eram.
Aceita e valoriza. 
Mas não vivas à espera que te empurrem para conseguires caminhar.
A estrada da felicidade só é feliz se fores tu a andar nela, com as tuas quedas e com os teus passos. É uma travessia única que tu tens de fazer e se fores leal, e se fores feliz, e se fores total vais perceber que outros caminhos maravilhosos se entrelaçam no teu. Vais aprender o que é amor, porque sabes o que é amar-te a ti, e vais passar a viver de um modo mais puro e incondicional.
É isso dar-te-á muita coisa boa, uma delas é a auto-confiança, capaz de fazer magia com aquilo que és e com aquilo que sentes e com aquilo que queres, e com aquilo que vives!
Se o caminho é fácil? Não. Mas caminhos fáceis não nos levam muito longe! 

Nita

sexta-feira, 10 de julho de 2015

As pessoas não são como os cigarros, não vêm com aviso quando fazem mal. 
Às vezes chegam cheias de doçura, e  depois a máscara cai e deitam uma acidez que chega a arrepiar. 
Já nos desiludiram, decepcionaram e falharam. E nós também certamente. 
Já nos viraram as costas, já nos apunhalaram, já nos empurraram para abismos onde pudemos mostrar que também sabemos voar.
Mentiram-nos e chantagearam-nos, e em tudo isso ficámos mais fortes. Percebemos quem é quem, quem é o quê e o que trazem ou partilham na nossa vida. Vida essa que aos poucos se ajusta, numa espécie de filtro, começamos a aceitar o que nos faz bem, a sermos realmente fiéis ao que sentimos e queremos e o resto? O resto é mesmo isso, RESTO. E ninguém precisa de restos para ser feliz! 

quarta-feira, 8 de julho de 2015

A vida é um DOM

Não sei se estarei cá amanhã,
as pessoas continuam a achar que somos eternos.
Eu também tantas vezes.
Mas a verdade é que a coisa mais certa que temos na vida,
é que um dia deixamos de estar cá.
Nós e os que amamos.
Nós e a nossa vida.
Nós e o nosso mundo como o conhecemos.
Quando me dizem "tens tempo!" sinto um aperto na barriga,
sinto-me defraudada e enganada.
Porque eu não sei se terei tempo, não sei se irei sempre a tempo.
Sei que hoje estamos aqui,
amanhã não faço ideia.
É por isso que sempre que possível quero ver aqueles que gosto,
soube desde cedo o que era a saudade,
os meus pais partiram para outro continente a partir dos meus 13 anos.
Os meus melhores amigos, todos eles, tiveram períodos de ausência.
Eu soube o que era não poder abraçá-los in loco, ou correr para os acudir.

A saudade é algo duro, é um sentimento que nos muda e nos faz viver de outra maneira.
Há a saudade do doce reencontro, e há o monstro da saudade daqueles que a vida nos leva.
Essa é eterna, essa divide-nos, marca-nos, esvazia-nos e ao mesmo tempo deve encher-nos de vontade e de amor por aqueles que cá estão connosco e pela ansia de partilharmos bons momentos com os mesmos.

Eles não estarão cá sempre.
É por isso que sou tão intensa que às vezes custa aguentar-me, mas não tenho feitio para desculpas, para quem vive delas e para as aceitar quando as pessoas se amam mesmo e podem estar perto, e podem-se ver. Um dia mais tarde iriam dar tudo para fazerem um esforço maior para se verem, para deixarem para lá o comodismo e partilharem conversas, abraços e sorrisos. Só que nesse dia pode ser tarde demais.
Isso deixa-me em pânico e com medo, e desse medo eu faço algo mais inteligente: acção.

Não consigo dormir chateada com os meus,
Raramente os trato pelo nome, ao invés disso, coloco amor em palavras queridas e amorosas.
O nome deles é para ser chamado na escola, no trabalho e no médico. Eu trato-os à minha maneira e com amor.
Fico doente quando discutimos.
Fico sem chão,
mando a razão que às vezes possa ter, dar uma volta, que eu não preciso da razão pós discussão. Preciso de paz e de amor e harmonia e alegria e isso só consigo sem maus ambientes, sem coisas entaladas, sem más disposições.

É por isso que já fui e vim no mesmo dia a países diferentes, para desfrutar apenas de umas horas juntos dos que adoro. Não interessa o que dura, interessa a intensidade e a profundidade desses momentos. Alimento-me disso, dessa energia e adrenalina em que me vicio nos reecontros.

E quando me dizem "tens tempo de os ir visitar, não precisas de andar a correr", e eu volto a pensar e bradar, "uma merda é o que tenho tempo." O tempo é que me tem a mim e o melhor que eu consigo fazê-lo é usá-lo a meu favor.
Não sei trabalhar com total formalismo e profissionalismo frio se de outro lado estiver alguém que eu gosto, detesto parecer uma máquina. Não sei separar a identidade e quando hoje num e-mail profissional escrevi "Bom dia alegria", e fui criticada, tenho pena mas não há nada a fazer. Se trabalhasse para outrem tinha que mudar, agora se são assuntos meus, trabalhos meus, lamento mas a minha marca pessoal vai lá estar, o meu tempo vai ser usado para me expressar a favor, com alegria e convicção também aqui.

E sim também critico e exijo muito, mas tento que seja sempre de um modo positivo e construtivo. Quando me dizem que adoram trabalhar comigo, e nesta semana já são cinco as pessoas que o dizem, eu sinto que não é inglório nem despropositado eu seguir este modo positivo e construtivo de me relacionar.

Porque o meu tempo é o meu maior luxo, todos os segundos estão a contar, todos os segundos têm energia, todas as palavras, acções têm força e tudo isso é o a bagagem que a minha alma levará consigo e eu quero que seja mesmo bonita, inspiradora e maravilhosa, porque a vida é um dom frágil e longe de mim desperdiçar o meu!

Vossa,

Nita
 

 

 

terça-feira, 7 de julho de 2015

A vida é curta, mas não a tornes pequena

 
 
Tenho muitos assuntos que queria e espero aqui escrever, de um modo mais sucinto, com mais calma e mais focada, mas por hoje ainda tenho umas coisas a dizer:
Nunca tive uma vida totalmente igual aos outros, nem daquilo que se espera. Nunca procurei ser igual a ninguém e desde muito cedo que esta minha capacidade de aceitação de qualquer diferença fez de mim uma pessoa muito mais completa.
Herdei do meu amado pai, um feitio que de fácil não tem muito, da minha linda mãe uma personalidade forte e trouxe comigo um sentir imenso. Sou o que sinto, sou o que faço com aquilo que sinto.
E como aqui se sente muito, só consigo viver a minha vida assim. Muito. Muito intensamente. É por isso mesmo que me envolvo em vários projectos, trabalho nas empresas, são 23 horas e ainda estou no escritório, é por isso que corro, faço surpresas, ajudo em casamentos, eventos, comunicações, cursos, formações e o que vier. Cada desafio, é um degrau. E lá vamos nós aprendendo mais na escala da vida.
Mas acaba por haver duas Nitas. A desse mundo todo, e a dos dela. Ou seja, os meus tesouros.
Tenho um mundo pessoal muito pequeno, para que me possa focar a 100% nesses que amo e equilibrar com a minha própria vida.
É por isso que muitas pessoas dizem "que não me percebem", "tu tens tempo para tudo e às vezes não me respondes logo." Não é maldade, nunca foi maldade, mas sempre a viver tão intensamente, a correr para os meus, que é lógico que não consigo inverter as prioridades.
Sei que nunca vou chegar a tudo, sei que vou correr e cair em pleno Domingo na calçada por ir depressa, sei que me pode custar caro esta energia. Mas quando a tenho, quando estou corajosamente feliz tento não desperdiçar um segundo que seja.
Sinto-me viva, sinto-me plena, sinto-me bem. E aqueles que ultimamente me apunhalaram pelas costas, lamento mas estou de pé com mais alegre e ainda mais fé.
Quando caio, recolho-me nesses meus, e ainda sou mais restrita.
Quando caio, geralmente derivado à exaustão, fico impaciente e imprópria, mas lá está tenho esse meu pequeno gigante mundo que embora muito estranhe quando me vêem mais cansada, entram em acção, cada um à sua maneira e o melhor que eles fazem é sempre lembrarem-me que a vida é curta, que não vim aqui para baixar os braços, que tudo depende unicamente de mim e que se não me levantar quem perde sou eu!
Do fundo do coração e é sempre o que mais me interessa ao cair da noite: Gratidão a todos vocês por me aceitarem como sou!
 
Nita