domingo, 17 de abril de 2016

não vale a pena preocupares-te com quem nada se preocupa contigo


A verdade é que nunca vais (nem tens) de agradar a todos. A verdade é que nem todo mundo está disposto a caminhar do teu lado e poucos são os que realmente caminham contigo.

A verdade é que um dia te cansas de decifrar os quebra cabeças da vida. Perdes a paciência para jogos de adivinhas e para falsidades mascaradas de sorrisos, aceitas que há puzzles que não tens de montar, que há peças que não tens que encaixar e que há pessoas que tens de deixar ir.

Nem todos são sinceros ao ponto de não invejar algo que tu quiseste muito e conquistaste com esforço e merecimento.

A verdade é que são poucos aqueles que estendem a mão quando a vida te prega aquela rasteira e tu ficas estatelado no chão sem forças.

Nem todos sorriem com os olhos, com as palavras e acções. Há os que chegaram à tua vida para a elevar e os que chegaram para te mostrar como alguns nos conseguem reduzir se não tivermos a coragem suficiente para nos afirmarmos.

A verdade é que raramente as pessoas se concentram no que têm e disputam mais o que querem, concentram-se mais no que devias ter dado, e esquecem aquilo que deste.

Nem todos querem salvar o mundo e podem muito bem com o mal alheio. São indiferentes, egoístas e felizes à maneira deles.

Se tu não consegues ser feliz assim, então tens de ser tu a afastar-te do que despeja o bom da alma e te leva a beleza da vida.

Nem todos os que estão ao pé de ti, querem realmente saber o que se passa, querem realmente ouvir os teus desabafos e apontar caminhos. Muitos estão apenas por curiosidade.

Esquece, as pessoas são o que são. Não é necessário perdermos energia a tentar mudar quem não quer ser mudado, nem a impor a nossa verdade a quem vive bem com a sua.

Por isso esquece essas tentativas logradas, baixa essas expectativas depositadas, pega no que te aconteceu, nos obstáculos que saltaste, nas mãos verdadeiras que entrelaçaste, nas oportunidades que agarraste, nas verdades que encaraste e vai ser feliz.

Pensa positivo, sê positivo e aceita o que não podes mudar, e aceita o que tens de aceitar, e aceita que as pessoas te querem bem, mas nunca melhor que elas e aceita, aceita muito bem que o nosso tempo é pouco, e que por isso não vale a pena preocupares-te com quem nada se preocupa contigo.

Vai ser feliz, deves isso a ti mesmo e aqueles que realmente caminham ao teu lado e querem um sorriso estampado.

Nita

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Confia, por favor


Hoje quando te vi tremi.

Ambas sabemos que não há qualquer tabu entre nós. Afastamo-nos três meses e hoje reencontrei-te.

Não te escondo. Tremi.

Mas tu chegaste, abraçamo-nos como amigas que sempre fomos. Abraçamo-nos muito e eu facilmente te perguntei:

Porque te tentaste matar? Foi mesmo tentativa de suicídio?

Respondeste afirmativamente e clarificaste tudo. Sem pestanejar, com uma força e uma coragem vinda dos Deuses. Com uma firmeza tão tua que era assustadora.

Voltei a tremer. Voltei a abraçar-te. Voltei a dar-te a mão. Voltei a ouvir o teu coração.

Nunca pensamos que isto nos bate à porta. Nunca percebemos bem o que leva isto tipo de loucura mas se pararmos e pensarmos nas vidas insanas que às vezes levamos, chegamos lá.

E tu chegaste à loucura, ao pico do stress e do vazio.

Apetece-me dizer-te que te adoro mais que tudo, que não te julgo, que não te recrimino… Apetece-me dizer-te que és forte. Muito forte. E que por ser tão forte e perfeccionista contigo mesma chegaste à exaustão.

Apetece-me pedir-te muito que não desistas. Que jamais desistas.

E agora? E agora começa um novo caminho. Um caminho onde cada passo é uma conquista, onde a pressa tem de sair e o amor tem de entrar melhor.

Agora tens de pensar mais em ti, tens de redirecionar a tua vida, tens de aceitar ajuda, tens de abraçar muito e tens de saber que estamos aqui para ti, que te amamos sem fim e que tudo vai dar certo.

Não te abandones.

Confia meu amor. Confia por favor.

Nita

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Post it para todos os dias


Post it para todos os dias:

Que eu consiga,

Que eu consiga sempre ter a consciência de que o meu bem mais precioso é o meu tempo e o modo como o emprego.

Que eu consiga dizer que “Não”, sem medos quando realmente eu “Não quero”.,

Que não me demore onde nada me acrescenta e onde só faço sala,

Que eu não permita reduzir o meu valor só porque alguém me magoou e acha que tem razão.

Que eu saiba a diferença entre dar, pedir, abusar e exigir.

Que eu filtre as pessoas que me fazem bem e aquelas que precisam sair da minha vida com liberdade o suficiente e com perdão.

Que eu não me familiarize a carregar pesos que não são meus.

Que eu não me vicie em ciclos destruidores, em pessoas amenas, em “porque sim.”, “pois” ou “talvez”.

Que eu reduza as expectativas e aumente o foco no meu amor próprio e no meu amor à vida e ao que quero fazer com ela.

Que a desilusão vire revelação e esta em ensinamento.

Que eu não queira ser igual, não caia em estereótipos e não aceite que sejam as esperanças dos outros, o “suposto social” aquilo que eu vivo.

Que as pessoas que amo, saibam que as amo muito. Que os abraços não fiquem por dar, que as palavras não fiquem por dizer e que as acções não fiquem por praticar.

Que nunca me falte coragem para realizar os meus sonhos, para dar mais um passo em frente e distanciar-me dos que vivem “porque sim, porque tem de ser.”

Que eu me renove, que eu renasça, que eu recrie mas que não desista de sorrir, não desista de me levantar, não desista de seguir e de mais um passo dar.

Nita

 

 

 

terça-feira, 12 de abril de 2016

Aos meus pais


Aos meus pais

Aos meus pais que me permitem ser o que sou hoje,

Que me geraram, que me educaram e que amaram como melhor eu não conseguiria pedir.

Aos meus pais que lhes devo tudo o que sou,

Que nunca desistiram de mim, que nunca deixaram de lutar,

Que diante das dificuldades batalham ainda mais e não se dão por vencidos.

Aos meus pais que sempre estiveram e estão lá quando preciso, que me aconselham, que me esclarecem, que me ensinam e aceitam como sou.

Isso. Aceitar como sou.

Nunca lhes conseguirei agradecer o suficiente, o suficiente desejado, o suficiente esperado.

Mas vou tentando, agradeço-lhes sendo feliz, sendo muito feliz.

Agradeço-lhes todos os dias que me supero, que não desisto de combater contra monstros e medos, se o que estiver para lá de tudo isso for o que eu desejo.

Agradeço toda a liberdade, toda a responsabilidade e confiança que depositam em mim. Agradeço, agradeço e não esqueço.

Num mundo onde parece haver vidas perfeitas, ciclos fechados do que esperam de nós, num mundo pronto a ditar padrões e planos, estereótipos e rótulos, aceitarem-me como sou e amarem-me por isso é a minha maior sorte.

Aos meus pais: OBRIGADO.

Nita

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Amor próprio cura muitos males



As pessoas magoam-te.
As pessoas magoam-te uma vez.
A primeira é um embate forte. Custa que se farta.

Tu choras, esperneias, ficas triste, tentas explicar o que sentes e o que não entendem. Ou não querem entender.

As pessoas pedem desculpa. Por pedir. Tu enches-te de força e manténs o sentimento. Perdoas mas não esqueces.

Depois cicatrizas e vais percebendo melhor toda a história, ainda com alguma mágoa por digerir.

Depois o tempo vai passando, coisas boas vão chegando.

Tu ficas mais firme, mais forte e respiras fundo.

Ainda não esqueceste mas já começas a normalidade com essa pessoa.

Depois do nada, voltam-te a magoar exactamente pelos mesmos motivos que a primeira vez.

Pediram desculpa mas pouco perceberam, pouco quiseram perceber e o que parece é mesmo que se estão a lixar se isso te magoa ou não, se ficas ou não triste e quais as tuas razões.

Uma. Duas. Três.

Tu ferves, respiras fundo, lembras-te do papel de trouxa e de como perdeste tempo a tentar explicar, a tentar falar, a tentar com que percebessem. Em vão.

Sabes que amor próprio acima de tudo, não te podes reduzir nem abandonar, não podes habituar-te ao que faz mal e não toleras carregar mais pesos, mais culpas, nem mais mágoas. Não é pelos outros, é mesmo por ti. E nesse dia, voltam-te a magoar, tu já nem dizes nada, já nem tens paciência para tentar explicar, já não tens tempo para esclarecer mais uma vez, não te fazes de burra mas também não acartas a dor. Deixas passar, aprendes com o que podes contar.

Já não vale a pena dor de cabeça e no coração. Não vale mais o teu sacrifício. E por isso deixas para lá.
Indiferença é a melhor resposta.

Nita

quinta-feira, 7 de abril de 2016

12 coisas que tenho aprendido

Há dois anos escrevi isto e não é que continuo a aprender? 


As 12 coisas que tenho aprendido intensamente nos últimos três meses:
1. -Nunca estamos verdadeiramente preparados para perder alguém, ainda que já o tenhamos pensado mil vezes. E o sentimento de ficar muito por fazer ou dizer é imenso e ainda assim nunca aprendemos.
2. -Que tudo muda. Muito mais rápido que imaginamos. 
3. -Que os amigos que achávamos ser para toda a vida às vezes não o são. 
4. -Que os ambientes de trabalho estão doentes. Doentes porque cada vez as pessoas têm mais medo do futuro, têm mais preocupações, dormem pior, irritam-se mais e ficam impacientes.
5. -Que essa impaciência está a ter consequências desastrosas e danos irreparáveis nas relações interpessoais. A mágoa e a dor aumentam, o vazio também e a sua dispersão vital idem idem.
6. -Que nem sempre é possível viver a fazer o que mais se gosta, e que é responsabilidade nossa aprender a gostar e a fazer o que nos compete e concede a estrutura que precisamos para sobreviver.
7. -Que as comparações ridículas que se fazem mentalmente, em estilo inveja, uns com os outros muitas vezes, estaca-nos e leva-nos toda a energia que deveria ser empreendida na nossa vida e nos nossos objectivos.
8. -Que os juízos de valor e as criticas são cada vez mais constantes. E os elogios sinceros e genuínos devem ter sido afundados por ai.Gente magoada magoa os outros 10 x mais que o normal.
9. -Que é urgente aprender a viver no presente, no agora. Pois se não o fizermos é muito mais fácil a nossa mente ficar doente. E consequentemente o nosso corpo.
10. -Que a partir dos 25 anos, as pessoas começam a economizar palavras e afectos. Ocupadas com a carreira e preocupadas com a mesma, esquecem.se dos sentimentos e do quão maravilhoso é dizer a alguém como gostamos dessa pessoa e o quão ela é importante. Sem medos. Sem problemas. Sem preconceitos. Sem dramas. Sem ter de ser-
11. -Que se torna imperativo ser-se organizado para o equilíbrio da vida pessoal e profissional e que um bom investimento será sempre em algo que nos ajude nesse equilíbrio, aprender e apostar nas tecnologias a nosso favor.
12. –Que temos de aproveitar melhor o tempo e auto-energizar-nos e motivarmo-nos para chegarmos a “tudo”, pelo menos a tudo o que nos faça verdadeiramente feliz. Sem desculpas. Sem amarras.


Nita 

domingo, 3 de abril de 2016

Mais uma queda, mais uma aventura


Sou dos que amo. Amo poucos, mas amo muito.

Sou dos meus. Dos meus verdadeiros. Daqueles que sei que posso contar e por muita desilusão que a vida nos traga, negar qualquer afecto e protegermo-nos do amor não faz com que sejamos poupados a nada, e ao invés disso, ficamos privados a bons momentos, bons sentimentos e boas pessoas.

A nossa vida são as pessoas que escolhemos para ter por perto, são as nossas relações, os nossos afectos que dão cor ao nosso horizonte.

Sozinhos não somos nada.

Tenho um património do mais rico que há no que toca aos afectos, ao amor e às relações. Sinto-me verdadeiramente abençoada pelas pessoas que tenho comigo. São eles a minha base, o meu motor, a minha força.

Nos últimos dias provei em prática tudo isto.

Há uma semana recebi uma das surpresas mais bonitas e que mais me aqueceram o coração, quando eu me virei, depois de ter metido o telemóvel à carga, uma das minhas melhores amigas estava no meu quarto. A Sara. A Sara que vive em Tenerife, a Sara que me percebe como ninguém, a Sara que eu tinha tantas saudades (ainda mais naquele dia), a Sara que me mostrou que o longe vira perto num instante basta querermos.

Passamos um fim-de-semana de partilhas, de sonhos por realizar em breve, com lanches ao Sol, com muitos abraços e sorrisos.

Depois a semana começou. O trabalho, a normalidade e na quarta feira tivemos um concerto.

Fui eu, o Diogo, a minha querida sis e o Gonçalo. Tudo apostos, tudo feliz e ate que aparece um ferro não sei de onde, e a Nita dá mais uma queda das suas. Aleijei-me claro. Levantei-me meia coxa e prossegui. Não tinha as calças rasgadas, então pensei que seria só dorida. Sentei-me no MEO ARENA, coloquei as mãos no joelho e quando dou por mim era só sangue. A Ana ao meu lado fez a cara mais cómica e assustada de sempre e disse para irmos à casa de banho ver do joelho. Eu disse que não era preciso. Repeti mil vezes. Ana é ainda mais dos dela do que eu e quando algo nos acontece ela é leoa. Não havia como não ir ver o joelho. Claro que se ela não tivesse insistido com o meu bem-estar e preocupação e tudo eu não tinha ido a lado nenhum e teria acabado isto num 31.

Fomos então à casa de banho, quando vimos tínhamos uma ferida, uma data de sangue  e a Ana impávida. Limpamos, metemos água fria e eu estava pronta para me ir sentar novamente a ver o concerto. A Ana não desiste, não desiste mesmo e depois lá fomos ao paramédico que me diz que tenho de levar pontos. Pontos??? Ok. Mas onde? No hospital? Pensava eu.

Por favor, não. Não vou a lado nenhum.

Mas não, não era no hospital, era lá numa enfermaria com uma médica no Meo Arena. Fui excepcionalmente bem atendida, a Dra. deu os pontos, a Ana muito atenta a tudo e lá seguimos para eu me sentar e ver o concerto. Claro que sempre ajudada, sempre amparada se não eu rebolava por ali.

Depois, os meus amigos que souberam, logo prontos a ajudar, logo muito queridos, preocupados e atenciosos.

O concerto acabou fui para casa com a ajuda da Ana e do Diogo e lá descansei.

No outro dia tinha de fazer o penso, uma coisa muito simples e mais uma vez, vivo rodeada dos melhores do mundo e uma amiga que é médica, que tem um coração gigante, veio cá a casa mudar o penso, ver o joelho e claro isto já está quase bom. (acho eu, porque não paro quieta) e esta semana lá vamos tirar os pontos.

Na sexta-feira recebi para almoçar mais uns amigos meus, que assim que chegaram prontamente perguntaram pelo meu joelho e o quiseram ver. E como o meu querido mano João para tomar conta de alguém é do melhor que há, lá se aprontou com as suas dicas, conselhos e atenção com o meu joelho.

Depois claro, outros fizeram o mesmo e eu bastava chamar qualquer um deles que sabia que largavam tudo e vinham.

Isto não tem preço. Isto não é descritível. Isto é simplesmente a melhor coisa da vida.

Conclusão, sem as pessoas não somos nada. Sem as minhas pessoas eu nada sou. Sem o amor e amizade deles, sem a sua luz na minha vida, sem a sua presença isto não teria a mínima graça.

Valorizem as vossas pessoas, o vosso núcleo, os resistentes que ficam antes e depois, que estão, que chegam e que não saem quando lhes convém.

Obrigada meus amores,

Nita

p.s. estou óptima, não é preciso ligarem aos meus pais, avós, ou amigos preocupados. Agradeço muito a preocupação mas não vamos dramatizar.