“Não consegues ser melhor
que isto?”
Acabei de assistir a um filme
onde várias vezes esta pergunta saltava à vista.
Ficou-me. Por momentos dei por
mim a reflectir, dei por mim a sentir, dei por mim a interrogar-me.
Ser melhor.
Parece surgir de um espirito
de alta competição, mas não. Não me interessa ser melhor que os outros, melhor
que este ou aquele parece sempre ser redundante. E é.
Na verdade, o que podemos (e
devemos) ser é melhor para nós mesmos. E é aí que reside o cerne da questão: temos
sido o nosso melhor?
Temos sido minimamente bons
para nós? Ou simplesmente procuramos ser melhores que (e para) os outros para
fugirmos assim de sermos melhores para nós mesmos? É que às vezes é preciso
muita coragem para sermos bons para nós, para sermos melhores connosco, e muitas
vezes também, essa coragem falta-nos.
Sermos melhores. Melhores
nisto da vida. Melhores a seguir o nosso coração, as nossas verdadeiras
vontades sem tanto ruido alheio, melhores a sonhar com tanta ousadia que nos arranque
da cama para realizar e todos os dias um passo dar.
Sermos melhores diante da
lealdade com aquilo que somos verdadeiramente, sermos melhores vivendo com mais
propósito, sem delongas que nos atrasam.
Melhores a dizer SIM a nós
mesmos. Melhores a podermos contar connosco quando todos os outros nos falham,
melhores a escolher, melhores a aproveitar o tempo, melhores a traçar o nosso
rumo e focados no nosso mundo.
Melhores a saber filtrar, a
saber que a opinião dos outros poderá não ser a nossa realidade.
Em suma, todos podemos ser
melhores. Fundamentalmente para nós mesmos, para ousarmos, para amarmos, para
desfrutarmos, para aprendermos que coragem é uma escolha e que ser feliz é uma opção
diária daqueles que são verdadeiros consigo e sabem que todos os dias têm uma
oportunidade de serem melhores.
Não menosprezem isso.
Boa noite,
Um beijinho,
Nita
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