Ambas sabemos que não há qualquer tabu entre nós.
Afastamo-nos três meses e hoje reencontrei-te.
Não te escondo. Tremi.
Mas tu chegaste, abraçamo-nos como amigas que sempre
fomos. Abraçamo-nos muito e eu facilmente te perguntei:
Porque te tentaste matar? Foi mesmo tentativa de suicídio?
Respondeste afirmativamente e clarificaste tudo. Sem
pestanejar, com uma força e uma coragem vinda dos Deuses. Com uma firmeza tão
tua que era assustadora.
Voltei a tremer. Voltei a abraçar-te. Voltei a dar-te a
mão. Voltei a ouvir o teu coração.
Nunca pensamos que isto nos bate à porta. Nunca
percebemos bem o que leva isto tipo de loucura mas se pararmos e pensarmos nas
vidas insanas que às vezes levamos, chegamos lá.
E tu chegaste à loucura, ao pico do stress e do vazio.
Apetece-me dizer-te que te adoro mais que tudo, que não te
julgo, que não te recrimino… Apetece-me dizer-te que és forte. Muito forte. E
que por ser tão forte e perfeccionista contigo mesma chegaste à exaustão.
Apetece-me pedir-te muito que não desistas. Que jamais
desistas.
E agora? E agora começa um novo caminho. Um caminho onde
cada passo é uma conquista, onde a pressa tem de sair e o amor tem de entrar
melhor.
Agora tens de pensar mais em ti, tens de redirecionar a
tua vida, tens de aceitar ajuda, tens de abraçar muito e tens de saber que
estamos aqui para ti, que te amamos sem fim e que tudo vai dar certo.
Não te abandones.
Confia meu amor. Confia por favor.
Nita
Sem comentários:
Enviar um comentário