domingo, 3 de janeiro de 2016

Quando amas o outro demais, amas-te a ti de menos...

O amor é lindo, mas não é de ferro
Nos últimos tempos assisti a uma nuvem negra sobre os relacionamentos. As pessoas perderam a coragem de amar. Umas cansaram-se, outras mudaram, outras ficaram a lutar sozinhas, outros foram traídos, outros abandonados…
Acomodaram-se, deixaram de se valorizar, desrespeitaram o outro e achavam que ficava na mesma tudo bem.
Grande erro!
O amor não é de ferro, não se pode acreditar que se faz com ele o que se quer e depois o amor prevaleça e continue firme e forte.
O amor não dá desculpas, não entra em jogos, não atira constantemente coisas à cara, não pede tempo repetidamente.
Aqueles que dizem “ah tenho de pensar”, eu acho que têm mais é de sentir. O amor não se pensa, sente-se e vive-se.
O amor não é uma lógica, uma regra, não é indiferença, é um sentimento que merece respeito.
O amor também se cansa quando fica ao abandono, quando em cima dele depositam tudo o que é frustrações. Por muito que uma pessoa ame a outra, por muita entrega que dê, se não há mínimos e reconhecimentos significa simplesmente que não há amor.
Amor não se mendiga, não se implora, não se pede. Não se pede algo que se tem de dar de boa vontade.
O amor flui, é sincero, quer estar perto sem desculpas, dá um jeito sempre para os reencontros. Move-se montanhas, acrescenta, cresce. Não vale a pena forçarmos algo que não é para ser.
Um amigo meu diz sempre “o que um não quer, dois não fazem”. Como ele tem razão.
Tudo o que é sobre pressão um dia torna-se em explosão.
Não se pressiona o amor. Pressionar alguém a estar connosco é burrice, é mágoa ilusionista. É destrutivo. Podemos e devemos dar motivos para ficar, mas quando chega ao fim, quando se luta demais, quando só um ama, o fim é iminente.
Mesmo que doa muito, mesmo que custe demais, mais vale vir a dor toda de uma vez, do que andar a vida a sofrer, a contar migalhas, a enganar-se, a falsificar o amor, e as esperanças dos outros.
E sabes o pior? É que quando amas o outro demais, amas-te a ti de menos. E isso é tão perigoso!
 
Nita
 
 
 
 

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