2015, um ano que marcou.
Foi dos melhores da minha vida. Não estive aqui de
passeio a ver jogar apenas os outros ou a ver filmes.Eu construo o que desejei.
Mesmo com muitos medos, avancei.
Realizei um sonho enorme, viajei muito, trabalhei muito, amei mais que tudo, fiz surpresas, dei sem pedir, corri riscos, vivi sobre uma pressão terrível, conheci pessoas más, cai, levantei-me, aprendi, deixei partir muita coisa que tinha de ir e que já pouco ou nada me acrescentava.
Vivi como se não tivesse outro ano. Vivi intensamente e verdadeiramente focada nos outros. Não consegui chegar a todos.
Poucas foram as coisas que deixei por fazer. Poucas
deixei por dizer. Enlouque0ci, mas vivi.
No jogo da vida sou sempre atacante, conduzo a bola para
onde eu desejo que ela vá.
Entro em campo desconhecido, esfolo os joelhos, a alma e
o coração. Não desisto logo que consigo levanto e volto ao jogo. Sempre
ambiciosa, sempre para ganhar. Assim eu sei que qualquer erro que eu cometa é
na tentativa de acertar e não deixar de lutar.
Fui duas vezes ao Dubai, fui a Nova York, Paris, Londres,
Marbella, Madrid, Barcelona, Roma, Luanda várias vezes, Gana, Tenerife…
Não parei um mês no mesmo sitio.
Dei entrevistas, colaborei em projectos, apadrinhei a
APLAS, lancei as agendas, lancei o blog, tive uma festa de anos plena de
significado.
Iniciei várias empresas, fiquei a pertencer a outras.
Expandi.
Descobri-me no meio das viagens, fiz as surpresas mais
bonitas, dediquei-me ao trabalho como nunca, procurei evoluir, procurei surpreender
e superar-me.
Conheci a exaustão de perto, tive duas fases de dias
completamente terríveis. Chorei de cansaço, chorei pela sensibilidade, chorei
ao constar que as pessoas que eu achava estarem, não estavam, chorei porque me
fizeram chorar.
Ouvi coisas que nunca mais vou esquecer, li coisas que
achava que nunca ia ler, mas perdoei, perdoei e segui leve o meu rumo.
Falhei com alguns. Com aqueles que não mereciam. Também
sei que magoei.
Tive duas discussões arrepiantes com duas pessoas que
muito amo e que jurei para mim mesma nunca mais se repetirem.
Aprendi que há pessoas de má fé, que a minha geração está
bastante vazia e egoísta e que o meu grupo de amigos ficou reduzido a poucos
mas aos melhores.
Aprendi a dizer NÃO. Dizer sem culpas. A esperar mais de
mim e menos dos outros. A fazer acontecer e não ter medo de quebrar o orgulho e
dar o braço a torcer.
Aceitei as minhas vulnerabilidades. Fui fraca e admiti.
Sofri e vivi esse sofrimento, poucas as vezes usei máscaras e não tive vergonha
de admitir quando não estava feliz,
Cometi loucuras, guardei segredos, quebrei promessas,
crenças e troquei os planos. Desafiei o destino da minha saúde.
Construi a minha sorte.
Construi a minha equipa de sonho e as pessoas que não abro
mão de trabalharem comigo.
Exigiram muito de mim e eu também exigi a excelência.
Nunca me lembro de ter vivido tão a mil, mas tão eu, com
tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo, a mudar ao mesmo tempo, a ajustar, a
remarcar, a recomeçar.
Mas acima de tudo vivi apaixonadamente com tudo aquilo que o menu da vida nos traz, e se este fosse o
ultimo ano da minha vida, posso jurar a pé juntos que pouca coisa deixei por
viver e isto na altura dos balanços é o melhor que se pode concluir.
2016, meu amor, estou pronta!
Um óptimo ano para todos <3
Obrigada por estarem aí
Com amor e gratidão,
Nita
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