segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Amo-te mas vou deixar-te ir

Fotografia retirada da net 



Amo-te mas vou deixar-te ir. 
Não penses que amo menos por não correr atrás. 
Por não te pedir que fiques.
Por te tentar contrariar ou apanhar de costas voltadas.
Vou-te deixar ir. 
Porque tu escolheste ir. Ir assim do nada porque não te encontravas em lugar nenhum.
Tu nunca te encontras em lugar nenhum. Nunca está tudo. Nunca nada te chega. Nunca te cheguei. 
Viver nesse limbo é perigoso.
Éramos corações partidos ao início com outras bagagens e diferentes pessoas. Mas depois percebemos que nos podíamos colar, curar e os medos calar.
Entrei nisto como entro em tudo. A 1000%. Nunca esperei isso de ti. Sabia que não ias conseguir. Sei que te esforçaste, sei que nos apaixonamos mas sei que continuavas partido em ti e na vida.
Vou-te deixar ir. 
Vai lá procurar o que nem sabes, nem conheces. Mas vai. 
Acabaram-se as promessas, as juras e as pressas. Não te quero em metades, nem em pedaços, não te quero só às vezes, não te quero assim incerto e vazio.
Vai.
Que sejas homem suficiente para caminhar sozinho ou com quem entenderes mas não olhes para trás, não me digas que eu devia pedir para ficares, que se eu tivesse pedido tu tinhas ficado. 
Já não sou eu que te tenho dizer o que ou como fazer.
Vá lá, cresce. 
Eu dei-te liberdade, tu toma responsabilidade.
Faz o que queres e bem te apetece.
Não peço que fiques.
Longe vão os tempos. Não gasto mais pedidos ao Universo quando sei que não parte dele. 
Peço saúde e alegria, família unida, trabalho e energia. Que estes nunca me faltem.
Não peço mais de ti. Não peço quem não sabe o que quer, quem não faz o que pensa, muito menos quem não pensa no que faz.
Vai.
Não te amo pouco. Nem menos a ti. Nem menos por isto. Mas sei que precisas ir e eu deixo-te partir. Mas não me faças de vítima. Não olhes para trás. 
Vai.
Lutei por ti. Lutei por mim. Por nós. Não chegou? Então acabou.
Não há vencedores quando é só um a lutar. 
Vai. 

Nita 

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