sábado, 12 de dezembro de 2015

Desculpas não são promessas


Já não sou mais a mesma


Pedes-me desculpa. Sinto esse arrependimento por momentos no teu olhar, mas depois dissipa-se como se nada fosse, como não tivesses a nítida sensação do quão magoas e a falta de noção do que dizes e fazes é simplesmente brutal.

Eu respeito as tuas desculpas, mas diz-me onde as aplico? O que me acrescentam? Como é que eu acredito nelas uma vez que volta não volta se repetem?

Desculpas não são promessas.

Promessas não são garantias.

É difícil seguir, é difícil ficar.

Tu dizes que me ajudas, que segues comigo. Mas como se segue ao lado do causador da nossa dor?

Não segue.

E tenho algo para te dizer. Já não sou a mesma.

O tempo transformou-me.

Ele é escasso e as minhas prioridades esperam-me.

Não tem a ver contigo. Não és tu. Sou eu.

Eu mudei.

Houve algo em mim que se cansou e não acompanhou.

Mudei.

Quando dei por mim, houve algum fio que fundiu e não mais ligou.

Aprendi a cobrar menos das pessoas.

Aprendi que ignorar os factos não os altera.

Aprendi que coisas demasiado consertadas nunca chegam a novas e que há marcas que ficam.

Que as pessoas não mudam porque queremos, mas sim quando elas querem.

Aprendi que atitude não se compra, nem se vende, nem tem preço.

Aprendi a dar-lhes liberdade e espaço… querem ir? Vão. Mas depois se não me encontrarem eu também fiz o mesmo.

Fui.
Fui ser ainda mais feliz.

Nita

 

 

 

 

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