Incluir.
O verbo mais bonito e com mais sentido ao longo deste blog,
A mãe da Maria incluiu-me, e aqui estou eu a escrever.
Sou a Nita, a irmã do melhor amigo do Tomás (irmão da Maria) e mais uma felizarda por me ter cruzado no caminho desta família maravilhosa e ter sido abençoada com o melhor abraço do mundo, o da Maria.
Eu e a Maria caminhamos na mesma estrada. Também eu sou diferente, um olho para Belém, outro para Santarém.
Uma audição que se perdeu aos 17 anos sei lá eu para onde (se a viram digam-me), uma doença esquisita e uma miúda muito feliz. Tenho 25 anos. Sou mana-mãe do Diogo, esse reguila amigo do Tomás. Muitos sonhos. Muitos projectos. Livros e agendas escritos. Empresária de várias empresas.
E acima de tudo, realizada.
Vocês não imaginam como a inclusão pode ser um milagre. Para todos. Todos precisamos de incluir e ser incluídos. Cada um de nós tem uma missão a ensinar e muitas a aprender. Se não incluírem, se não se habituarem a fazê-lo, vos garanto que perdemos todos. Foi por ter lutado pela minha própria inclusão, num bate pé constante e virando costas a olhares trocistas que hoje sou o que sonhei e consigo ainda ajudar os outros a serem a sua melhor versão.
Foi por me terem incluindo, por me terem aceite que hoje eu sou tão feliz. Aprendi a gozar com os meus defeitos.
Afinal também ninguém é perfeito, não é? Aprendi a ser menos egoísta e que afinal estas “coisas” do ser diferente e especial não acontecem só aos outros.
Quanto potencial não se perde quando se exclui algo só por ser diferente? Porque é que o mundo é tão conformista e relutante à mudança, se ela tantas vezes nos eleva para patamares superiores e nos faz avançar? Se agora nascêssemos todos assim ou assado, e em vez de excepção a deficiência fosse regra? Não nos habituaríamos a viver na mesma? A lidar uns com os outros?
Queridos pais, não queiram apenas um mundo melhor para os vossos filhos, mas ensinem os vossos filhos a serem melhores para o mundo, isto é, a saberem incluir mesmo aqueles que são diferentes deles.
Todos temos um coração que bate e uma vida por viver.
Valorizemo-nos, então!
E de preferência com INCLUSÃO!
Nita Domingos
(fã e amiga da linda família da Maria)
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