segunda-feira, 16 de novembro de 2015

É tempo de falar de amor, praticar a paz.

 "Paz" é talvez das palavras mais redundantes que conheço para se explicar ou descriminar. Ainda assim vou tentar. O desafio consta em escrever sobre a PAZ, como em cima disse, e explicitar como faço para conseguir a minha. Há que salientar que isto é apenas a minha visão sobre este conceito, neste preciso momento, com este preciso sentimento.
Tantas as vezes sabemos que estamos em paz, mas parece que de súbito, num segundo tudo muda, a paz que tanto nos custou a conseguir, dissipa-se por completo. Paz total é leveza mental, é aceitação das dualidades que coordenam a vida e o universo. Paz não é só ausência de guerra, paz é lutar para que ela nem aconteça sequer, muito menos passe pela cabeça dos homens. Paz é olhar para um sorriso de alguém que gostamos e sentir que nele existem todo o encantamento do mundo. Paz é gratidão, é plena evolução, é respiração, é o criar com coração é vibrar amor e paixão. Por nós e por tudo o que nos envolve, porque no fundo somos UM, e talvez essa seja a regra máxima da paz, perceber que tudo se encaixa, combina e complementa.
Paz é serenidade, é humildade, alegria e felicidade. Serenidade interior para que as bombas e os monstros mentais não a vençam. Humildade para aceitarmos o que não podemos mudar, para perceber que nada é perfeito, mas tudo é total e deve ser encarado diferente e como tal. Alegria que é o nosso estado biológico da alma, logo, se tivermos paz não infectaremos este estado. Felicidade que para mim é quase igual a paz, são as duas muito parecidas de se sentir, aceito que a felicidade seja mais poderosa e sentida quando é revelada, mas a verdadeira felicidade não vive, muito menos nasce ou cresce se não houver paz.
Paz é percepção de que todos somos diferentes, todos temos maneiras de ver o mundo diferentes, valores diferentes, memórias diferentes e na paz dessa compreensão começamos a conhecermo-nos a nós mesmos, aos outros também! Então, os muros e obstáculos e falhas e monstros que atormentam relações começam a ficar de fora dos nossos corações, e começamos assim a protegermo-nos dessas más sensações, e perceber quem somos, a valorizarmo-nos e simplesmente termos o poder de escolher livremente, a paz não aprisiona ninguém.
Mais ainda do que a felicidade, é a paz que nos torna mais ou menos humanos, mais ou menos sensíveis, é ela que delimita o grau de humanidade e a força de um carácter. Paz é perdoar, mas acima de tudo, perdoarmo-nos a nós mesmos. Quem não o fizer está a auto-contaminar-se com os males e rancores que o sistema nervoso aprisiona. Do mesmo modo que quem tem a coragem de se perdoar, - aceitar, tal como é, e encorajar-se para mudar e ser o que deseja, - terá assim uma maior liberdade de sentir paz e leveza. Neste processo tão importante do perdão, é igualmente importante que o façamos para com outros. O perdão ainda é mais difícil de perceber bem a sua lógica do que a paz. Cada um tem a sua maneira de perdoar e aceitar. O que importa é que rancores, ressentimentos e animosidades não povoem o nosso território emocional.
Sei que toda esta teoria é muito bonita, mas que a acção é de uma enorme dificuldade para todos nós. É difícil (e MUITO!) agir em consonância com tudo isto, mas se aos poucos e poucos trabalharmos a nossa paz, tirando as ervas daninhas mentais, ela vai acabar por crescer e nos fortalecer. Nunca nos podemos esquecer, que a paz está em nós e não vale a pena olharmos à nossa volta (é sempre mais fácil, mas não é o melhor) porque não a vamos encontrar.
Agora eu. Eu sou daquelas pessoas mais revolucionarias do que pacificas, isto no bom sentido. Ou não. O meu temperamento não é, nem será o que tem maior paz. É-me muito difícil trabalhar essa competência e leveza, mas é esse mesmo difícil que todos os dias me impulsiona, direcciona e informa acerca da pessoa que sou.
Nunca consigo praticar tudo o que disse em cima. O que tento fazer e o que me dá e confere realmente paz é aceitar essa imperfeição (que é giogante) e trabalhá-la de um modo mais prazeroso e esperançoso onde a paz possa reinar.
Para mim o exercício automático para conseguir paz é este:
Imaginar uma luz enorme branca a percorrer o meu corpo, respirar bem fundo, agradecer tudo o que tenho e sou (temos de encontrar pelo menos dez razões pelas quais estamos gratos! Se não encontrarem, então aconselho-vos realmente a praticar a gratidão na vossa vida), olhar para fotografias de pessoas que gosto e ver os seus sorrisos. Aceitá-las exactamente como são, porque nós se gostamos das pessoas tem de ser num todo, não numa tentativa de andar sempre a querer mudar tudo a nosso favor. Assim não conseguimos paz, assim conseguimos é frustração! Tudo isto fica ainda melhor, se juntarem um bocadinho de meditação, leia-se aqui, paz de espírito e encontrarem um exercício vosso que vos faça pensar, aceitar e agradecer. Porque provavelmente essas serão as componentes básicas que dão cor e forma a esta menina linda, do qual hoje falo: Dra. PAZ!
 Pratiquem a paz. A paz interior, a paz no mundo, entre homens e espécies. Pratiquem a felicidade, a tolerância, a compreensão. Espalhem amor, larguem o rancor, os medos e indiferenças, porque no final do dia, somos todos um só.
Com amor,
Nita

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