segunda-feira, 2 de novembro de 2015

O sofrimento...

Insisto sempre na felicidade.
Crio-a. Canto-a. Reinvento-a.
Mas hoje vou escrever sobre o sofrimento. O sofrimento real. Os “eus” dilacerados, as almas vazias, os corações inertes. As lágrimas que guardam e nelas se afogam.
Há pessoas a sofrer. Há pessoas a sofrer muito e não, não é chegar aqui e buscar felicidade, relativizar e está a andar.
Às vezes é muito mais complexo que isso. Tão complexo que nem sabemos por onde começar.
As pessoas sentem-se absolutamente sozinhas, incompreendidas, sufocadas nos pensamentos negativos. Sem amor. Sem uma réstia de amor por elas e pela vida.
Todos os dias me chegam casos destes. Todos os dias eu percebo que a maior doença é a falta de amor uns pelos outros.
Isto cada um por si não vai dar bom resultado.
Por vezes metem uma capa, uma maquilhagem bonita e todos acham que ela está óptima. Mas por dentro, bem por dentro há um abismo que parece que engole e a sociedade nem repara.
O corre-corre do dia a dia torna-nos egoístas, as pessoas sensíveis são as primeiras a serem presas destes caçadores sociais impacientes.
Elas sentem tudo. A palavra mal dita. O olhar menos bonito. O gesto mais feio. Elas acumulam tudo. Fragilizam, sabem que têm de lutar mas às vezes desistem por nem saberem como começar.
Isto da felicidade não é só sorrir, é alinhar e interiormente construir a nossa casa. O sítio onde nos possamos sentir confortáveis, onde não haja gritos, onde não haja zangas!
O sofrimento existe e muitos ficam ali presos a suplicar que alguém dê a mão, que alguém queira saber, que alguém o salve.
Se tu consegues esticar a mão, estica-a.
Toca os outros corações. Eleva as pessoas.
Eleva a humanidade.
Eleva o teu mundo.
Se consegues ouvi-los, fá-lo.
Se consegues abraçá-los, abraça-os.
Dar sem pedir.
Dar a sorrir.
Dar o teu tempo. O teu amor. A tua atenção. A tua amizade. A tua força. Dar porque és humano. Não te preocupes tanto em dar e receber de igual para igual. Porque afinal somos diferentes e quando dás já recebes a boa energia desse acto.
Não economizem afectos, somos humanos e curamo-nos uns aos outros através do amor que damos!
Sê uma luz na noite escura,
Nita
 
 

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