sexta-feira, 18 de março de 2016

O que um não quer, dois não fazem


(Fotografia retirada da net)


Cheguei a pôr-me em causa. Se estaria louca, alucinada ou simplesmente apaixonada. (Por vezes é tudo a mesma coisa!)

Vivia num mundo diferente do teu, e se ao inicio isso não fazia grande diferença, depois acabou por se revelar num enorme foço que criamos entre nós.

É sem mágoa – ou pelo menos com a mínima mágoa possível – que hoje te escrevo e agradeço.

Errei bastante e tive uma grande quota parte de culpa quando o fim surgiu, mas há uma coisa que não nos podemos esquecer: Eu amei, eu fiz, eu esforcei-me, perdi-me na quantidade de vezes que disseste que ias mudar ou melhor valorizar. Perdi-me.

Mas foi exactamente por me ter perdido a tempo, que agora me encontrei e te agradeço. Fizeste-me resgatar o que acredito, retomar o meu caminho e aprender a ser mais forte diante das minhas convicções.

Antes de chegar até aqui e agora, pensei que pudesse estar a errar, eu esforçava-me para estarmos juntos, esforçava-me para te colocar um sorriso na cara, dediquei-me de corpo e de alma, sai de mim para te salvar a ti. Não foi saudável, mas foi necessário. Pensava eu que era necessário.

Nada que eu fizesse pareceria ser suficiente, nada parecia bastar, nada te parecia bem. Estavas sonâmbulo, constantemente agarrado ao iphone, viciado em scrolls e tudo o que se passava à tua volta parecia ser noutra galáxia.

Vias vídeos e mais vídeos, passavas horas e horas nisso e sem te aperceberes era com isso que perdias a tua pouca paciência para aturar o que fosse que tivesse em teu redor.

Chegamos a estar juntos e eu sentia-me sozinha, nunca vi grande preocupação genuína a partir do momento em que me deste por garantida. Na verdade, nunca te vi muito preocupado em relação a nada.

E isso assustou-me ao ponto de me abrir os olhos que a parva da história era eu e mais ninguém.

Até quando eu ia acabar com o meu amor próprio com alguém que esta nem aí para mim?

A falta de consciência, a falta de reconhecimento, a falta de amor, a falta de motivação para cumprires as tuas promessas e mudanças traulitaram numa mágoa em torno de angustia e injustiça que mais tarde se converteu em certezas que o fim tinha chegado. Chegou.

Já nada vale muito a pena quando se embarca em ciclos viciosos, em contentamentos com restos, em que os dias são agridoces e sedentos de amor.

 Como diz um amigo meu “o que um não quer, dois não fazem”.

 



Nita

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