domingo, 9 de agosto de 2015

O que realmente importa

Acordei lentamente com a certeza que nada nesta vida é tão bom quanto ter saude e estar perto dos que amamos.

Acordei com mimos de família, acordei a tomar o meu pequeno almoço preferido. Acordei de bem com a vida mas com uma sensibilidade extrema.

Acordei  e vi um dos meus sonhos a caminho (esperam-nos novidades), acordei e falei com os meus miúdos, o Manuel e o João e a conversa derrapou para algo que a mim me faz muita confusão: saudades. Já as tenho em grande dimensão e só de pensar que ainda vamos estar umas quantas semanas sem nos vermos e que isso tende a aumentar deixa-me com o coração muito apertado.

Mas afinal são saudades que permitem reencontros, por isso basta lutar para que os mesmos se tornem reais.

De seguida, ao fazer scroll deparo-me na partida da Mariana. Eu não conheci a Mariana, mas a história dela tocou-me de tal ponto, que juntamente à minha maior guerreira Mãe Vanessa, à Alexandra e a uma equipa de sonho da CM TV, realizamos um dos sonhos da Mariana, um quarto de princesa.

Lembro-me do dia em que a Vanessa veio ter comigo, eu estava com uma infecção nos olhos e cansada, a mil como sempre, era Inverno e eu ia viajar brevemente, não podendo estar presente no dia em que a Mariana viria o seu sonho realizado. Mas quem quer, faz acontecer.

Lembro-me de termos ido procurar colchas e artigos cor-de-rosa, lembro-me de correr a minha casa à procura de algo que pudesse ajudar neste sonho e na Zara Home perscrutávamos tudo ao pormenor para que este quarto fosse inspirador e lá o "sofrer" não existisse.

Cheias de carinho e energia, cheias de amor e alegria, conseguimos que aquele quarto ficasse especial. Isso deixa-me com o coração cheio, mas a partida de alguém (mesmo que não conheçamos) é um murro no estômago. Muito mais quando se tem 15 anos e uma vida pela frente.

Quando confrontados com estas noticias, é inevitável que nos questionemos: que andamos nós a fazer na nossa vida? Estamos conscientes que estamos aqui de passagem? Andamos sempre a correr e é para sermos felizes? Temos a noção do quão frágil é a vida de modo a que a consigamos viver intensamente, relativizar imensamente e perdoar incondicionalmente?

Temos a noção que é nos momentos mais simples, que a felicidade está presente? Que não temos mesmo todo o tempo do mundo? Que ter saúde é um luxo e um dom? Que termos as pessoas que amamos neste mundo é uma benção? Ou andamos aqui feitos marionetas a invejar os outros, a criticá-los sem amarmos os nossos e expressarmos esse amor gastanto é energia com isso, que acaba por não ser gasta mas sim partilhada? Somos felizes ou estamos apenas na nossa zona de conforto?

.... Agora ficam as perguntas no ar, para que possamos realmente pensar sobre as mesmas e acima de tudo sobre como andamos a viver a vida.

 Nita❤️

P.S. Descansa em paz Mariana linda! Um beijo grande, grande, grande à familia!

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