Acordei com mimos de família,
acordei a tomar o meu pequeno almoço preferido. Acordei de bem com a vida mas
com uma sensibilidade extrema.
Acordei e vi um dos meus sonhos a caminho (esperam-nos
novidades), acordei e falei com os meus miúdos, o Manuel e o João e a conversa
derrapou para algo que a mim me faz muita confusão: saudades. Já as tenho em
grande dimensão e só de pensar que ainda vamos estar umas quantas semanas sem
nos vermos e que isso tende a aumentar deixa-me com o coração muito apertado.
Mas afinal são saudades que
permitem reencontros, por isso basta lutar para que os mesmos se tornem reais.
De seguida, ao fazer scroll
deparo-me na partida da Mariana. Eu não conheci a Mariana, mas a história dela
tocou-me de tal ponto, que juntamente à minha maior guerreira Mãe Vanessa, à
Alexandra e a uma equipa de sonho da CM TV, realizamos um dos sonhos da
Mariana, um quarto de princesa.
Lembro-me do dia em que a
Vanessa veio ter comigo, eu estava com uma infecção nos olhos e cansada, a mil
como sempre, era Inverno e eu ia viajar brevemente, não podendo estar presente
no dia em que a Mariana viria o seu sonho realizado. Mas quem quer, faz
acontecer.
Lembro-me de termos ido
procurar colchas e artigos cor-de-rosa, lembro-me de correr a minha casa à
procura de algo que pudesse ajudar neste sonho e na Zara Home perscrutávamos
tudo ao pormenor para que este quarto fosse inspirador e lá o
"sofrer" não existisse.
Cheias de carinho e energia,
cheias de amor e alegria, conseguimos que aquele quarto ficasse especial. Isso
deixa-me com o coração cheio, mas a partida de alguém (mesmo que não
conheçamos) é um murro no estômago. Muito mais quando se tem 15 anos e uma vida
pela frente.
Quando confrontados com estas
noticias, é inevitável que nos questionemos: que andamos nós a fazer na nossa
vida? Estamos conscientes que estamos aqui de passagem? Andamos sempre a correr
e é para sermos felizes? Temos a noção do quão frágil é a vida de modo a que a
consigamos viver intensamente, relativizar imensamente e perdoar
incondicionalmente?
Temos a noção que é nos
momentos mais simples, que a felicidade está presente? Que não temos mesmo todo
o tempo do mundo? Que ter saúde é um luxo e um dom? Que termos as pessoas que
amamos neste mundo é uma benção? Ou andamos aqui feitos marionetas a invejar os
outros, a criticá-los sem amarmos os nossos e expressarmos esse amor gastanto
é energia com isso, que acaba por não ser gasta mas sim partilhada? Somos
felizes ou estamos apenas na nossa zona de conforto?
.... Agora ficam as perguntas
no ar, para que possamos realmente pensar sobre as mesmas e acima de tudo sobre
como andamos a viver a vida.
P.S. Descansa em paz Mariana
linda! Um beijo grande, grande, grande à familia!
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